São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 2006

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bastidores

Venda deve ser fechada, dizem interlocutores

JULIANNA SOFIA
LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Interlocutores dos envolvidos no processo de negociação entre a Sadia e a Perdigão avaliam que são mínimas as chances de a operação não se concretizar no prazo de um a dois meses. A avaliação é que a recusa inicial da Perdigão tem o claro objetivo de elevar a oferta da Sadia.
Segundo a Folha apurou, a Perdigão também quer saber da Sadia qual sua estratégia para manter os empregos.
Os negociadores chegaram a cogitar a hipótese de apresentar ainda ontem ao Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência a notificação do negócio, mas, com a recusa oficial da Perdigão, adiaram o comunicado.
Segundo a legislação antitruste, depois de fechada a operação, as empresas têm 15 dias úteis para informar as autoridades. Especialistas também acham que, entre os fundos de pensão, que detêm o controle da Perdigão, haverá uma divisão entre os que querem aceitar a proposta e os que defendem a recusa.
Capitaneados por Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica Federal), os fundos de pensão decidiram pela recusa inicial da proposta da Sadia. Oito fundações de previdência patrocinadas por estatais ou empresas privatizadas detêm 49,68% do capital da Perdigão.
Insatisfeitos com a proposta, os três grandes fundos convenceram os demais a recusar a oferta. Faltava, no entanto, acertar também com um outro acionista para completarem mais de 50% do capital da Perdigão. Segundo a Folha apurou, esse acionista é a Weg, uma empresa de Santa Catarina que fabrica compressores.


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