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bastidores
Venda deve ser fechada, dizem interlocutores
JULIANNA SOFIA
LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Interlocutores dos envolvidos no processo de negociação entre a Sadia e a Perdigão avaliam que são mínimas as chances de a operação
não se concretizar no prazo
de um a dois meses. A avaliação é que a recusa inicial da
Perdigão tem o claro objetivo
de elevar a oferta da Sadia.
Segundo a Folha apurou, a
Perdigão também quer saber
da Sadia qual sua estratégia
para manter os empregos.
Os negociadores chegaram
a cogitar a hipótese de apresentar ainda ontem ao Sistema Brasileiro de Defesa da
Concorrência a notificação
do negócio, mas, com a recusa oficial da Perdigão, adiaram o comunicado.
Segundo a legislação antitruste, depois de fechada a
operação, as empresas têm
15 dias úteis para informar
as autoridades. Especialistas
também acham que, entre os
fundos de pensão, que detêm
o controle da Perdigão, haverá uma divisão entre os que
querem aceitar a proposta e
os que defendem a recusa.
Capitaneados por Previ
(Banco do Brasil), Petros
(Petrobras) e Funcef (Caixa
Econômica Federal), os fundos de pensão decidiram pela recusa inicial da proposta
da Sadia. Oito fundações de
previdência patrocinadas
por estatais ou empresas privatizadas detêm 49,68% do
capital da Perdigão.
Insatisfeitos com a proposta, os três grandes fundos
convenceram os demais a recusar a oferta. Faltava, no
entanto, acertar também
com um outro acionista para
completarem mais de 50%
do capital da Perdigão. Segundo a Folha apurou, esse
acionista é a Weg, uma empresa de Santa Catarina que
fabrica compressores.
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