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Juro alto dificulta, diz Fiesp
da Reportagem Local
O crescimento sustentado da
indústria está longe de ser alcançado, na análise de Roberto Faldini, empresário e diretor da Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp).
O segundo trimestre foi ruim
para a indústria paulista, avalia.
Apesar de o desempenho ter sido
melhor do que o do primeiro trimestre, foi pior do que o de igual
período do ano passado.
"Infelizmente, o país não fez a
sua lição de casa. O sistema tributário prejudica a produção e a exportação. E os juros continuam
muito elevados. Assim, o país fica
sujeito a qualquer resfriado, como a crise na Argentina."
Do lado do consumo, há a corrosão do poder de compra causada pela inflação e os juros ainda
altos cobrados no crediário.
Os setores que não dependem
de financiamento, como vestuário, calçados e alimentos, apresentam melhor resultado, diz Flávio Castelo Branco, economista
da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O desempenho da indústria
neste segundo semestre, diz Faldini, ainda é uma incógnita. Se a
Argentina, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, não
resolver os seus problemas, acredita, as possibilidades do Brasil
crescer diminuem.
Na previsão de Castelo Branco,
a produção industrial brasileira
fecha o primeiro semestre em
queda de 3%, e o ano, com recuo
de 1% em relação ao ano anterior.
Para Fábio Silveira, economista
da Tendências Consultoria, a recuperação da indústria e do comércio será lenta por causa do desemprego, da inadimplência e das
altas taxas de juros.
"Não há sinais que mostrem recuperação do nível de emprego e
dos salários. E diante dos juros altos, o consumidor vai pensar duas
vezes antes de comprar."
(LR e FF)
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