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Importados são substituídos
da Reportagem Local
A participação de matérias-primas e componentes importados
nos produtos feitos no país diminuiu com a alta do dólar, segundo
as empresas consultadas pelo Bic
Banco.
O percentual médio de presença
dos itens importados na cadeia
produtiva das empresas foi de
16,5% no segundo trimestre. Antes da desvalorização do real, informam, chegava a 18%.
Pelo levantamento do banco,
59,5% das empresas consultadas
informaram que vão continuar
com o processo de substituição de
insumos importados.
As empresas que não vão substituir os itens estrangeiros
-40,5% das consultadas- afirmam que a troca por insumos nacionais não pode ser feita em razão da pouca produção local e das
melhores condições de financiamento fornecidas pelas empresas
estrangeiras.
Estão nesse caso especialmente
as empresas dos setores agropecuário e de bens intermediários,
como as indústrias química, petroquímica e farmacêutica.
"O processo de substituição de
importação está, de qualquer forma, pela metade e deve se acentuar daqui para a frente", diz Paulo Mallmann, diretor do Bic Banco. Pelo levantamento, 39% das
empresas ouvidas vão reduzir em
mais de 5% as suas importações e
37,7% vão diminuir em até 5%.
Para surpresa do banco, o percentual de empresas que projetam aumento das importações,
23,3% das ouvidas, é significativo.
Mas, pelos cálculos do banco, na
média, as importações das empresas devem cair 3,6% em relação a 98.
As empresas estão prevendo para este ano déficit comercial da
ordem de US$ 1,2 bilhão. Em pesquisa feita no primeiro trimestre,
a expectativa era de superávit de
US$ 1,5 bilhão.
(FF)
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