São Paulo, domingo, 19 de agosto de 2001

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Setor de móveis dobra presença no exterior

DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria de móveis no país praticamente dobrou sua presença no exterior no período pós-Real. Em 1994, exportava US$ 293 milhões. No ano passado, vendeu US$ 514 milhões. Até 2004, quer passar de US$ 2,5 bilhões, segundo a Abimóvel, entidade que reúne as indústrias do setor.
"O setor de móveis é um dos poucos exemplos de crescimento programado", afirma José Augusto de Castro, da AEB.
Para exportar mais, os fabricantes se uniram em torno do Promóvel, programa de incentivo às exportações com apoio de órgãos governamentais que envolve desde a obtenção de certificações de qualidade à divulgação da marca brasileira.
"Exportar não é fácil. É preciso saber o que cada país quer e se ajustar a isso", afirma Nestor Bergamo, dono de uma fábrica de móveis em São Paulo que tem o sobrenome da família. "Mas nós podemos conseguir. Em cinco anos, a China, que não exportava nada, conseguiu vender US$ 2 bilhões para o mercado externo."
No Brasil, como em todo o mundo, o setor se caracteriza pela pulverização. Das 13,5 mil empresas, 10 mil são micro, 3.000 pequenas e apenas 500 têm porte médio.
Mais de 90% da produção se concentra no centro-sul do país. A maior parte das empresas são familiares, tradicionais e de capital nacional.
O setor têxtil, cujas exportações recuaram 12,9% desde 1994, começou a seguir o mesmo caminho. "A partir do próximo ano, vamos iniciar um intenso trabalho de divulgação da nossa marca lá fora", afirma Paulo Skaf, presidente da Abit, entidade que reúne a indústria têxtil. (JAg)


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