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Setor de móveis dobra presença no exterior
DA REPORTAGEM LOCAL
A indústria de móveis no país
praticamente dobrou sua presença no exterior no período pós-Real. Em 1994, exportava US$ 293
milhões. No ano passado, vendeu
US$ 514 milhões. Até 2004, quer
passar de US$ 2,5 bilhões, segundo a Abimóvel, entidade que reúne as indústrias do setor.
"O setor de móveis é um dos
poucos exemplos de crescimento
programado", afirma José Augusto de Castro, da AEB.
Para exportar mais, os fabricantes se uniram em torno do Promóvel, programa de incentivo às
exportações com apoio de órgãos
governamentais que envolve desde a obtenção de certificações de
qualidade à divulgação da marca
brasileira.
"Exportar não é fácil. É preciso
saber o que cada país quer e se
ajustar a isso", afirma Nestor Bergamo, dono de uma fábrica de
móveis em São Paulo que tem o
sobrenome da família. "Mas nós
podemos conseguir. Em cinco
anos, a China, que não exportava
nada, conseguiu vender US$ 2 bilhões para o mercado externo."
No Brasil, como em todo o
mundo, o setor se caracteriza pela
pulverização. Das 13,5 mil empresas, 10 mil são micro, 3.000 pequenas e apenas 500 têm porte médio.
Mais de 90% da produção se
concentra no centro-sul do país.
A maior parte das empresas são
familiares, tradicionais e de capital nacional.
O setor têxtil, cujas exportações
recuaram 12,9% desde 1994, começou a seguir o mesmo caminho. "A partir do próximo ano,
vamos iniciar um intenso trabalho de divulgação da nossa marca
lá fora", afirma Paulo Skaf, presidente da Abit, entidade que reúne
a indústria têxtil.
(JAg)
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