São Paulo, segunda-feira, 19 de agosto de 2002

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Investidor deve, agora, reavaliar suas opções

DA REPORTAGEM LOCAL

Com as novas normas para os fundos o investidor de renda fixa terá três opções: aplicar em um fundo DI de curto prazo, que oferecerá menos oscilação e menor rentabilidade, ou buscar fundos DI e de renda fixa que aplicam em títulos de prazo mais longo e que poderão oferecer maiores ganhos, mas com alguma volatilidade devido à marcação a mercado.
Pode, ainda, optar por um fundo que não contabilize todos papéis pelo seu valor diário e, sim, pela curva de juros prometida pelo emissor. Nesse caso, deve buscar informações detalhadas sobre o fundo: qual é a composição da carteira, o que está sendo marcado a mercado e o que não está.
O consultor Mauro Halfeld sugere que o investidor mantenha suas reservas de emergência, o equivalente a até seis vezes suas despesas mensais, em um fundo DI de curto prazo. "Quem tem mais dinheiro deve diversificar." Suas sugestões são imóveis e ações, que estão baratas. "Mas a Bolsa é só para o investidor que suporta oscilações fortes", alerta.
Quem fugiu dos fundos, depois de maio, quando começaram as perdas, e foi engordar as aplicações em poupança deve ponderar se não está na hora de voltar.
"Fundos de curto prazo terão pouca oscilação e ganhos em torno de 1% ao mês, líquido de Imposto de Renda", diz Marcelo Elaiuy, diretor da Fator Administração de Recursos.
Ele recomenda ao poupador migrar para um desses fundos, uma vez que a rentabilidade poderá ser melhor e o risco, baixo.
Já o investidor que trocou os fundos por CDBs (Certificados de Depósito Bancário) deve esperar vencer a aplicação e comparar com os fundos DI de curto prazo. "Pode ser vantagem mudar, pois a cada reaplicação no CDB incide a cobrança de CPMF", diz ele.
Os fundos DI e de renda fixa de longo prazo que continuarem contabilizando seus títulos pelo valor de mercado são recomendados por serem mais transparentes. "Os fundos atuais estão encurtando o prazo de vencimento de seus papéis e devem ter menos volatilidade do que nos últimos meses", diz Elaiuy. (SB)


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