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Furlan evita falar sobre tamanho da queda
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse
ontem que "deve haver redução
nas taxas [de juros]" na reunião
do Copom (Comitê de Política
Monetária), mas não quis emitir
opinião a respeito do tamanho da
queda. Furlan voltou a dizer que
espera que o governo atual consiga terminar o mandato com os juros reais na casa de um dígito.
Na última reunião do Copom,
em julho, Furlan afirmou, referindo-se ao Banco Central, que o órgão, "sempre caracterizado pelo
conservadorismo", tem ações que
normalmente estão de acordo
com a tradição. Na época, o BC reduziu a taxa em 1,5 ponto percentual e desapontou empresários.
Na opinião do ministro, indicadores positivos que demonstrem
uma recuperação da economia
devem aparecer apenas em 2004.
"Não concordo que estejamos
em recessão técnica. Há setores
caminhando bem e outros sofrendo, principalmente os que dependem de crédito", afirmou.
Furlan fez um apelo ontem, durante encontro com empresários
franceses, para que eles deixem de
ser "egoístas".
O ministro se referiu às negociações agrícolas que ocorrem entre
a União Européia e países emergentes para a redução do protecionismo, e que não chegaram a
um acordo.
"A palavra egoísmo é no seguinte sentido: não sejamos auto suficientes em tudo." Segundo ele, cada país deve expandir sua atuação, seja no setor agrícola ou não,
naquilo que faz de melhor.
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