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São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2003

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Furlan evita falar sobre tamanho da queda

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse ontem que "deve haver redução nas taxas [de juros]" na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), mas não quis emitir opinião a respeito do tamanho da queda. Furlan voltou a dizer que espera que o governo atual consiga terminar o mandato com os juros reais na casa de um dígito.
Na última reunião do Copom, em julho, Furlan afirmou, referindo-se ao Banco Central, que o órgão, "sempre caracterizado pelo conservadorismo", tem ações que normalmente estão de acordo com a tradição. Na época, o BC reduziu a taxa em 1,5 ponto percentual e desapontou empresários.
Na opinião do ministro, indicadores positivos que demonstrem uma recuperação da economia devem aparecer apenas em 2004.
"Não concordo que estejamos em recessão técnica. Há setores caminhando bem e outros sofrendo, principalmente os que dependem de crédito", afirmou.
Furlan fez um apelo ontem, durante encontro com empresários franceses, para que eles deixem de ser "egoístas".
O ministro se referiu às negociações agrícolas que ocorrem entre a União Européia e países emergentes para a redução do protecionismo, e que não chegaram a um acordo.
"A palavra egoísmo é no seguinte sentido: não sejamos auto suficientes em tudo." Segundo ele, cada país deve expandir sua atuação, seja no setor agrícola ou não, naquilo que faz de melhor.


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