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TRABALHO
Aposentados geram impasse
Petroleiros rejeitam proposta de reajuste
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A FUP (Federação Única dos
Petroleiros) informou ontem à
Petrobras que a categoria, em assembléias realizadas em todas as
bases da empresa, rejeitou oficialmente a nova proposta de reajuste salarial da companhia.
A estatal ofereceu, na sua segunda proposta, reajuste de 7,82%
(correção da inflação) e um aumento de nível no plano de carreira de todos os funcionários da ativa, o que corresponde a um ganho real de 3,9%. A FUP quer aumento de 5% acima da inflação.
O impasse é o reajuste dos aposentados, que não teriam direito à
mudança de nível, desvinculando
o aumento dos inativos à correção dos ativos. A FUP entende
que isso é um retrocesso.
A Petrobras não marcou uma
nova reunião nem se mostrou
disposta a apresentar uma nova
proposta. Informou apenas que
continua aberta às negociações.
Na sexta, a FUP teve de recuar e
desistir de fazer a greve que estava
marcada para ter início ontem. O
receio da categoria era entrar no
movimento com uma fraca adesão dos funcionários da estatal.
Marcada desde o início do mês,
a greve deveria durar cinco dias e
paralisar a produção de óleo e o
refino da estatal. Por entender
que faltava "coesão" à categoria, a
FUP decidiu pelo adiamento por
tempo indeterminado.
Além do reajuste para aposentados, o coordenador da FUP,
Antonio Carrara, diz que a estatal
também não avançou em outros
pontos, como a reformulação do
fundo de pensão, a Petros. A categoria quer a inclusão dos funcionários admitidos a partir de 1998.
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