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PREVIDÊNCIA
Órgão requer contratação
Falta de procurador faz INSS perder R$ 2,4 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) não consegue
acompanhar 80% das ações que
tramitam atualmente na Justiça
do Trabalho envolvendo questões
previdenciárias. A falta de procuradores gera uma perda de arrecadação estimada em R$ 2,4 bilhões por ano, segundo a Procuradoria Geral do órgão.
Do 1,65 milhão de ações que foram julgadas nos tribunais trabalhistas, o INSS atuou em cerca de
330 mil. "Essa estimativa de perda
de arrecadação é conservadora.
Pode ser muito maior", afirma o
procurador-geral do INSS, Jefferson Carús.
Para ele, a falta de procuradores
para atuar na defesa do órgão
também dificulta a cobrança das
dívidas das empresas que não recolhem suas contribuições à Previdência. Hoje, a dívida das empresas com a Previdência Social
chega a R$ 70 bilhões.
Ele disse que o INSS já encaminhou à Procuradoria Geral Federal um pedido para nomeação de
450 advogados já aprovados em
concurso. Para o ano que vem, serão necessários outros 1.300 procuradores.
O instituto conta atualmente
com 1.500 procuradores. Nas
contas da procuradoria, cada procurador é responsável por aproximadamente 4.000 processos.
Desde 2000, o INSS passou a
acompanhar todas as ações trabalhistas, desde processos envolvendo contratos de trabalhadores
domésticos até ações de sindicatos contra grandes empresas.
A falta de procuradores tem levado à improvisação por parte do
órgão. Nas cidades do interior,
por exemplo, existem 391 advogados credenciados trabalhando
para o INSS. "Com os novos procuradores, será possível substituir
os credenciados", disse Carús.
Para compensar a falta de pessoal, os procuradores também
têm sido redistribuídos. Com isso, um número maior de procuradores atua nos processos judiciais de grandes empresas, já que
85% da dívida ativa do INSS é devida por 6% dos inadimplentes.
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