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ROLAND DE BONADONA, da Accor Hotels
Muitas empresas já congelaram as viagens
FOLHA - Houve mudanças na empresa desde o início da crise?
ROLAND DE BONADONA - Mudanças, especificamente, não. Estamos seguindo o dia-a-dia da
carteira de reservas e segurando projetos que entendemos
como não-prioritários neste
momento.
FOLHA - O sr. está mais pessimista?
BONADONA - Pessimista, não.
Cauteloso, sim. Sem dúvida, a
crise impacta na previsão de
viagens. Muitas empresas já
decretaram o "travel freeze",
que é o "congelamento das viagens". Enquanto isso, outras
estão demitindo, cancelando
ou colocando projetos em compasso de espera. Como a economia vai crescer devagar, não há
dúvida de que a indústria de
viagens será impactada.
FOLHA - O plano de investimentos
e de contratações mudou?
BONADONA - Nosso plano de investimentos para o desenvolvimento das marcas que operamos na América Latina, as redes Sofitel, Novotel, Mercure,
Ibis e Formule 1, mantém-se
inalterado. Algumas contratações, no entanto, estão em
compasso de espera.
FOLHA - A empresa e seus fornecedores estão tendo algum tipo de dificuldade de financiamento?
BONADONA - Hoje, a Accor Hospitality não se sente impactada
nem passa por dificuldade de financiamento. No entanto acreditamos que o setor imobiliário
possa enfrentar dificuldades no
médio prazo.
FOLHA - A empresa refez os planos
e metas para 2009?
BONADONA -
Ainda não. Nossos
planos de desenvolvimento estão programados até 2011 e estamos mantendo o ritmo previsto. Tivemos um excelente
primeiro semestre, com volume de negócios de R$ 375 milhões, 23% superior ao registrado no mesmo período do
ano passado. Esperamos a situação se estabilizar e consideramos que ainda é prematuro
falar em queda de faturamento.
FOLHA - O governo brasileiro tem
tomado medidas adequadas na
condução da crise?
BONADONA - Em nosso entendimento, sim.
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