FOLHA - Houve mudanças na empresa desde o início da crise?
JOÃO PESSOA JORGE - Não houve mudanças significativas. Nos nossos shoppings, a taxa de crescimento das vendas, comparadas ao mesmo período do ano passado, teve ligeira baixa nos últimos dois meses. Só que o crescimento ainda é elevado. Tínhamos taxas de aumento de vendas de 15% a 20%. Agora estamos entre 13% e 17%.

FOLHA - O sr. está mais pessimista?
PESSOA JORGE - Não. Tanto em termos de desempenho dos shoppings como em relação à locação de novas operações, sinto que o Brasil, pelo menos onde atuamos ou estamos desenvolvendo novos shoppings, continua numa excelente fase de aumento do consumo.

FOLHA - O plano de investimentos e de contratações mudou?
PESSOA JORGE - Estamos com quatro shoppings em desenvolvimento. O Manauara Shopping, em Manaus, será inaugurado em março e está com quase todas as lojas locadas. Os outros, com aberturas planejadas até março de 2011, estão em fase de projeto ou em início de construção e de contratação das âncoras. Temos tido boa aceitação e continuamos a sentir enorme vontade de crescer por parte de grandes varejistas.

FOLHA - A empresa tem algum tipo de dificuldade de financiamento?
PESSOA JORGE - Nosso financiamento, até hoje, tem sido feito, na sua quase totalidade, por meio do aporte de capital dos sócios. Continuamos procurando financiamentos de longo prazo em condições interessantes.

FOLHA - A empresa refez os planos e metas para 2009?
PESSOA JORGE - Nossos planos para 2009 e anos seguintes não se alteraram.

FOLHA - O governo brasileiro tem tomado medidas adequadas na condução da crise?
PESSOA JORGE - Sim. Nesta fase conturbada da economia mundial, o governo brasileiro tem de se preocupar em restabelecer e fomentar o crédito e procurar controlar o câmbio.

Texto Anterior: Momento é apropriado para fortalecimento
Próximo Texto: Muitas empresas já congelaram as viagens
Índice