DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O BC não deverá conseguir cumprir a meta para a inflação fixada pelo atual acordo do Brasil com o FMI. Segundo pesquisa feita pelo próprio BC entre bancos e consultorias, a alta do IPCA deve chegar a 9,39% neste ano, contra 9% previstos pelo entendimento.
O não-cumprimento dessa meta não impede que o Brasil receba do FMI, no mês que vem, uma parcela de US$ 3 bilhões do empréstimo de US$ 30 bilhões disponibilizado pelo acordo fechado em agosto último. As metas também podem ser alteradas na revisão do acordo, em curso desde a semana passada.
O acordo com o FMI prevê que a inflação, medida pelo IPCA, fique em, no máximo, 9% neste ano. Até a semana passada, a pesquisa do BC mostrava que a expectativa do mercado era uma elevação de 8,76%.
Para 2003, também se observa pessimismo em relação ao comportamento da inflação. O levantamento feito pelo BC mostra que é projetada uma alta de 9,81% para o IPCA, contra 9% da pesquisa divulgada na semana passada. A meta em 2003 é de 4%, com variação de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Apesar da alta da expectativa de inflação, o mercado manteve inalterada suas projeções para a taxa básica de juros, hoje em 21%. Segundo o levantamento, os juros devem continuar nesse mesmo nível até o final do ano e chegar a 18% até o final de dezembro de 2003.
Em relação ao crescimento da economia, a pesquisa diz que espera-se que seja de 1,22% neste ano e de 2% em 2003. Até a semana passada, esses números estavam em 1,20% e 1,9%, respectivamente.


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