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CEIA
Criador local perde espaço para ave vinda do Brasil
Britânicos lançam "disque-peru" para desestimular importação
DA REDAÇÃO
O peru de Natal é uma tradição
cara aos britânicos, mas os criadores reclamam que a carne importada está cada vez mais ganhando espaço nas mesas do país.
Na tentativa de não perder ainda mais espaço para produtos importados, a Associação dos Produtores Rurais Britânicos lançou
ontem um "disque-peru". O serviço informa o local mais próxima em que o consumidor pode
comprar carne de peru criado na
Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia
e País de Gales).
A principal fonte de preocupação para os produtores da Grã-Bretanha é o Brasil, de onde sai a
maior parte do peru importado
consumido pelos britânicos.
Há dez anos, os britânicos praticamente não importavam peru.
Neste ano, até agora, foram comprados 9 milhões de aves do exterior, a maior parte do Brasil. No
mesmo período, a produção local
caiu um terço, para 24 milhões de
aves ao ano, enquanto o consumo
se manteve estável.
"Este é o ano mais difícil que já
enfrentamos", disse Mike Bailey,
presidente da comissão de peru
da associação dos produtores. "O
mercado é muito competitivo, e o
Brasil oferece bons preços."
As festas de fim de ano representam um terço das vendas de
peru na região. Para os produtores, se a Grã-Bretanha continuar
exposta à concorrência internacional, o mercado do peru terá o
mesmo destino que o de frango.
"Perdemos metade da indústria
de frango para os produtores estrangeiros. O peru está seguindo o
mesmo caminho. Já perdemos
30% do mercado", disse Bailey.
Com agências internacionais
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