DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O fluxo de dólares para o Brasil voltou a ficar positivo na segunda semana do mês, devido a uma melhora tanto na área financeira como no comércio exterior. Com isso, a diferença entre o dinheiro que entrou e saiu do país no acumulado do mês gerou saldo de US$ 720 milhões, segundo o BC. Na primeira semana do mês, o fluxo era negativo em US$ 1,4 bilhão.
Apesar de a entrada de dinheiro no setor financeiro ter perdido força, por causa da taxação dos investimentos estrangeiros com IOF, houve redução também na saída de recursos. No acumulado do ano, o fluxo nessa área soma US$ 13,6 bilhões. No mesmo período do ano passado, o saldo estava negativo em US$ 34 bilhões.
A expectativa é que o Brasil continue registrando fluxo positivo de recursos até o final do ano. Além de várias ofertas de ações, grandes empresas brasileiras têm trazido para o país os dólares obtidos com a emissão de dívida no mercado externo.
Há também o dinheiro que entra no país por meio das operações de comércio exterior. As exportações físicas estão praticamente empatadas com as importações na primeira quinzena do mês, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento. Para o BC, no entanto, o que vale é o momento em que os dólares dessas operações entram ou saem do país, o que acontece em prazos diferentes.
Por isso, o impacto sobre o câmbio é de uma entrada de US$ 409 milhões neste mês, valor impulsionado pelos contratos de exportações, que são fechados normalmente com antecedência de até um ano.
No acumulado do ano, operações financeiras e comerciais trouxeram US$ 23,6 bilhões para o país. A maior parte desse dinheiro (US$ 22,4 bilhões) foi comprada pelo BC para engordar as reservas internacionais.


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