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Taxa terá impacto de R$ 19 bi sobre dívida
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os recentes aumentos de juros
promovidos pelo Banco Central
terão um impacto de aproximadamente R$ 19 bilhões na dívida
pública, se a taxa de 25% ao ano
for mantida pelos próximos 12
meses.
Neste ano, o BC já aumentou os
juros em três oportunidades. Em
outubro, o presidente do BC, Armínio Fraga, convocou uma reunião extraordinária do Copom
(Comitê de Política Monetária do
BC) para elevar a taxa de 18% para
21% ao ano. No mês passado, os
juros passaram para 22% e, ontem, para 25% ao ano.
O BC diz que o seu objetivo é
conter a inflação. Ou seja, na hora
de decidir se aumenta ou não os
juros, não se considera o impacto
que a medida terá sobre a dívida.
A idéia é fazer com que a política monetária não interfira na política fiscal. Atualmente, cerca de
metade dos títulos públicos que
circulam no país são corrigidos
pela taxa Selic. Portanto, se o BC
considerasse apenas o efeito fiscal
de suas medidas, poderia reduzir
excessivamente os juros para conter o endividamento.
O efeito da alta dos juros sobre a
dívida pública pode ser compensado por uma eventual queda do
dólar que pode ser provocada pela ação do BC. Pelos dados fechados pelo Tesouro Nacional em
novembro, cerca de 38% dos títulos do governo são corrigidos pela
taxa de câmbio.
Em geral, taxas de juros elevadas estimulam os investidores a
trocar suas aplicações no mercado de câmbio por títulos de renda
fixa, que passam a oferecer lucros
maiores. Isso tira um pouco da
pressão sobre a cotação do dólar.
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