|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VIZINHO
Taxa foi de 14,3% no 3º trimestre
Desemprego é o menor na Argentina desde 99
CAROLINA VILA-NOVA
DE BUENOS AIRES
O desemprego na Argentina
caiu para 14,3% no terceiro trimestre de 2003, segundo dados
divulgados ontem pelo Indec, o
instituto de estatísticas do governo argentino.
É a terceira queda seguida no índice, desde o recorde registrado
pelo instituto em maio de 2002,
quando o desemprego medido no
país foi de de 21,6%.
O Indec divulga a medição para
dois meses do ano: maio e outubro. A taxa registrada para o terceiro trimestre, divulgada ontem,
é a menor desde outubro de 1999,
quando fora de 13,8%.
Houve ainda uma queda na taxa
de subocupação no terceiro trimestre de 2003, de 17,6%, em relação à medição de maio, de 18,9%.
No entanto, a taxa de subocupação permanece estável em relação
a maio de 2002, quando a taxa registrada pelo Indec foi de 18,6%.
Para o ministro da Fazenda, Roberto Lavagna, vem se registrando "nos últimos 18 meses" uma
"tendência de forte redução" no
desemprego.
O ministro do Trabalho, Carlos
Tomada, disse ontem que os dados divulgados mostram que foi
"quebrada a tendência à destruição de postos de trabalho que foi
própria da crise de 2002" e que a
taxa de emprego "vai passar agora
a uma tendência ascendente".
Plano de obras
Um dos planos do governo argentino para estimular a criação
de novos postos de trabalho é a
incorporação de trabalhadores
desocupados ao programa de
obras públicas a ser lançado pelo
governo no próximo ano.
O plano inclui a construção de
casas populares e reparos das vias
públicas e férreas, por exemplo.
Além disso, há alguns meses o
governo implementou um plano
de incentivo de contratações por
pequenas empresas de pessoas
inscritas no programa "Chefes e
Chefas do Lar", que dá subsídio
de 150 pesos (cerca de R$ 150) a
chefes de família desempregados.
O Indec iniciou neste ano uma
nova metodologia para realizar a
medição de desemprego no país.
De acordo com esse novo sistema,
378 mil pessoas conseguiram emprego entre outubro de 2002 e o
mesmo mês deste ano. Usando a
antiga medição, o número de pessoas que deixaram de estar desempregadas seria de 655 mil.
Segundo o Indec, a nova metodologia permitiu detectar uma
maior quantidade de pessoas que
integram a oferta de trabalho e de
pessoas que não obtêm vaga.
Texto Anterior: Ritmo de criação de vagas com carteira diminui Próximo Texto: Crédito: Inadimplência cresce 5,6%, aponta Serasa Índice
|