UOL


São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VIZINHO

Taxa foi de 14,3% no 3º trimestre

Desemprego é o menor na Argentina desde 99

CAROLINA VILA-NOVA
DE BUENOS AIRES

O desemprego na Argentina caiu para 14,3% no terceiro trimestre de 2003, segundo dados divulgados ontem pelo Indec, o instituto de estatísticas do governo argentino.
É a terceira queda seguida no índice, desde o recorde registrado pelo instituto em maio de 2002, quando o desemprego medido no país foi de de 21,6%.
O Indec divulga a medição para dois meses do ano: maio e outubro. A taxa registrada para o terceiro trimestre, divulgada ontem, é a menor desde outubro de 1999, quando fora de 13,8%.
Houve ainda uma queda na taxa de subocupação no terceiro trimestre de 2003, de 17,6%, em relação à medição de maio, de 18,9%. No entanto, a taxa de subocupação permanece estável em relação a maio de 2002, quando a taxa registrada pelo Indec foi de 18,6%.
Para o ministro da Fazenda, Roberto Lavagna, vem se registrando "nos últimos 18 meses" uma "tendência de forte redução" no desemprego.
O ministro do Trabalho, Carlos Tomada, disse ontem que os dados divulgados mostram que foi "quebrada a tendência à destruição de postos de trabalho que foi própria da crise de 2002" e que a taxa de emprego "vai passar agora a uma tendência ascendente".

Plano de obras
Um dos planos do governo argentino para estimular a criação de novos postos de trabalho é a incorporação de trabalhadores desocupados ao programa de obras públicas a ser lançado pelo governo no próximo ano.
O plano inclui a construção de casas populares e reparos das vias públicas e férreas, por exemplo.
Além disso, há alguns meses o governo implementou um plano de incentivo de contratações por pequenas empresas de pessoas inscritas no programa "Chefes e Chefas do Lar", que dá subsídio de 150 pesos (cerca de R$ 150) a chefes de família desempregados.
O Indec iniciou neste ano uma nova metodologia para realizar a medição de desemprego no país. De acordo com esse novo sistema, 378 mil pessoas conseguiram emprego entre outubro de 2002 e o mesmo mês deste ano. Usando a antiga medição, o número de pessoas que deixaram de estar desempregadas seria de 655 mil.
Segundo o Indec, a nova metodologia permitiu detectar uma maior quantidade de pessoas que integram a oferta de trabalho e de pessoas que não obtêm vaga.


Texto Anterior: Ritmo de criação de vagas com carteira diminui
Próximo Texto: Crédito: Inadimplência cresce 5,6%, aponta Serasa
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.