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São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 2003

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Presidente da CSN quer governo fora das negociações

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para o presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch, o governo não deve intervir nas negociações sobre preço dos produtores de aço com as montadoras e a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).
"O governo existe para uma situação extraordinária. Na negociação entre as partes não tem que ter governo", disse ele, que esteve no Palácio do Planalto para escutar o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o balanço do seu primeiro ano de governo.
Steinbruch deixou claro que não pretende rever os recentes aumentos no preço do aço, que variaram entre 10% e 15%. "Nem que o governo peça. Não tem como fazer."
Segundo Steinbruch, há um aumento real (acima da inflação) nos custos de produção do aço. A principal razão é a demanda crescente de produtos siderúrgicos na China.
O país mais populoso do mundo detém cerca de 70% das reservas de coque (carvão utilizado nos fornos siderúrgicos) e está criando licenças para a exportação do produto, a fim de poder dificultar a sua venda no mercado externo.
O resultado é um aumento do preço do coque, cuja tonelada passou de US$ 80 para US$ 220, de acordo com ele.
Além do preço dos insumos, Steinbruch aponta o encarecimento dos fretes internacionais e a alta dos salários como pressões nos custos. Ele disse que não são só as siderúrgicas que estão elevando preços, mas também as montadoras.


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