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Presidente da CSN quer governo fora das negociações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para o presidente da CSN
(Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch,
o governo não deve intervir nas
negociações sobre preço dos
produtores de aço com as
montadoras e a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria
de Máquinas e Equipamentos).
"O governo existe para uma
situação extraordinária. Na negociação entre as partes não
tem que ter governo", disse ele,
que esteve no Palácio do Planalto para escutar o discurso
do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva sobre o balanço do seu
primeiro ano de governo.
Steinbruch deixou claro que
não pretende rever os recentes
aumentos no preço do aço, que
variaram entre 10% e 15%.
"Nem que o governo peça. Não
tem como fazer."
Segundo Steinbruch, há um
aumento real (acima da inflação) nos custos de produção do
aço. A principal razão é a demanda crescente de produtos
siderúrgicos na China.
O país mais populoso do
mundo detém cerca de 70%
das reservas de coque (carvão
utilizado nos fornos siderúrgicos) e está criando licenças para a exportação do produto, a
fim de poder dificultar a sua
venda no mercado externo.
O resultado é um aumento
do preço do coque, cuja tonelada passou de US$ 80 para US$
220, de acordo com ele.
Além do preço dos insumos,
Steinbruch aponta o encarecimento dos fretes internacionais e a alta dos salários como
pressões nos custos. Ele disse
que não são só as siderúrgicas
que estão elevando preços, mas
também as montadoras.
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