UOL


São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Alta de 1,37% levou Bovespa para os 21.489 pontos; negócios foram movimentados na BM&F

Copom não abala Bolsa, que bate recorde

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de o corte nos juros anunciado pelo Copom não ter sido da magnitude esperada por parte do mercado, a Bovespa não se abalou e cravou nova máxima histórica de pontos ontem.
A valorização de 1,37% levou a Bolsa de Valores de São Paulo para inéditos 21.489 pontos.
O papel com direito a voto da Eletrobrás teve alta significativa, de 9,3%, o maior ganho do pregão. Na avaliação de analistas do mercado, o novo modelo do setor elétrico beneficia geradoras estatais, interpretação que tem dado alento aos papéis da Eletrobrás.
Outro destaque do dia foi o papel PNB da Aracruz. Essa ação subiu 7,3%, com os investidores na expectativa de que a empresa anuncie em breve o fechamento de um financiamento externo em torno de US$ 150 milhões.
Na BM&F, as taxas dos contratos DI (que acompanham os juros praticados nas operações entre os bancos) oscilaram pouco no primeiro pregão após o Copom (Comitê de Política Monetária).
Mas o número de contratos girados foi bastante elevado. Foram negociados 640,5 mil contratos DI. Na quinta-feira da semana passada, por exemplo, foram realizados 360,9 mil negócios com esses papéis.
A taxa do contrato com prazo em fevereiro, que projeta a expectativa do mercado para a próxima reunião do Copom, fechou com taxa de 16,08% ao ano. A taxa básica passou a ser de 16,5% anuais.
Para Alexandre Póvoa, economista e estrategista do banco Modal, o corte da taxa básica de 17,5% para 16,5% não trouxe surpresas, "pois os juros reais caíram bem entre as duas últimas reuniões do Copom". "Com isso, dava para esperar que o Copom optaria pelo gradualismo, reduzindo os juros em um ponto percentual", afirma Póvoa.
As ações da Usiminas e da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) estiveram entre os destaques de alta na Bovespa ontem. Representantes das duas empresas participaram de reunião ontem no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), onde negaram que estejam em processo de fusão.
O papel PNA da Usiminas fechou com valorização de 5%. A ação com direito a voto (ON) da CSN subiu 1,5%.
Quem mais perdeu no dia foi Net PN, com baixa de 5,7%.
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Bradesco vai disputar instituições estaduais
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.