São Paulo, terça, 20 de janeiro de 1998.



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TELECOMUNICAÇÕES
Valor de venda da empresa deve atingir R$ 300 milhões
Telefônica de Ribeirão deve ser privatizada até julho

KELLY LIMA
da Folha Ribeirão

A Ceterp S/A (Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto) deve ser privatizada até julho de 98. O presidente da empresa, Ruy Salgado Ribeiro, disse que o valor da venda pode atingir até R$ 300 milhões.
O valor é apontado em projeto que está sendo preparado pela Ceterp para ser enviado à Câmara de Ribeirão Preto (319 km de São Paulo) a partir da primeira semana de fevereiro, quando os vereadores retornam de recesso parlamentar. O projeto foi antecipado pela presidência da empresa à Folha.
Segundo Ribeiro, a empresa tem que ser privatizada antes ou durante a venda da Telebrás, prevista para julho. Ele descarta qualquer possibilidade de esperar o processo de privatização da Telebrás para viabilizar a venda da Ceterp.
A Ceterp abriu seu capital à iniciativa privada em 95, mas a prefeitura ainda possui 46% das ações. O restante das ações está distribuído entre 1.752 acionistas.
O ministro das Comunicações, Sérgio Mota, afirmou por meio de sua assessoria que não vê vantagens na privatização da Ceterp fora do bloco de empresas da Telebrás. Ele disse que a empresa seria desvalorizada. O projeto de privatização da empresa define como primeiro passo no cronograma de privatização a contratação de uma consultoria para avaliar exatamente o seu valor patrimonial.
O montante que será recebido com a venda da Ceterp pode ser utilizado, segundo o presidente da empresa, como alavancador de investimentos. Ele tem como projeto a criação de uma agência de desenvolvimento para atrair empresas para o município.
Para isso, o valor recebido seria depositado em troca da abertura de uma linha de crédito junto ao BNDES (Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no valor de aproximadamente R$ 2 bilhões.
A linha de crédito, segundo ele, seria paga com a arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e ISS (Imposto sobre Serviços), que seriam arrecadados junto às empresas instaladas no município.



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