São Paulo, terça, 20 de janeiro de 1998.



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TRABALHO
Proposta do Sindipeças pode impedir acordo

CUT discute plano de flexibilizar FGTS

MAURICIO ESPOSITO
da Reportagem Local

As negociações entre o Sindipeças (entidade que representa as indústrias de autopeças) e a CUT em torno de um acordo para evitar demissões enfrentam um impasse e têm hoje uma etapa decisiva.
A proposta do Sindipeças de garantir estabilidade dos empregados em troca da suspensão temporária do recolhimento do FGTS será discutida hoje em reunião da Executiva Nacional da CUT. A informação é do presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, Paulo Sérgio Ribeiro Alves, que se reuniu ontem com o negociador do Sindipeças, Drausio Rangel.
Alves levará a proposta das empresas para a direção da CUT, mas reconhece que os dirigentes da central não aceitam, em tese, mexer no FGTS. "Podemos ficar sem acordo", avaliou.
A suspensão do FGTS depende do governo e o Sindipeças quer o apoio dos sindicatos.
Ontem, o negociador do Sindipeças chegou a fazer mudanças em sua proposta inicial para tentar um acordo. Por isso o assunto será discutido hoje na Executiva Nacional da CUT.
Segundo Rangel, as empresas se comprometem a criar um banco de horas no período de vigência da suspensão.
Sindicalistas e Sindipeças discutiram a redução da jornada de trabalho em 16% por 3 a 6 meses. Após esse período a jornada poderia voltar ao normal e o empresário parcelaria o débito com o FGTS. Outra opção seria fazer o empregado compensar apenas metade das horas devidas.
ABC
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (filiado à CUT) tem reunião hoje com a Ford para evitar a demissão de 1.200 metalúrgicos considerados excedentes pela montadora. Segundo apurou a Folha, as negociações podem caminhar para a criação de um programa de demissões voluntárias, como ocorreu com a Volkswagen em negociação encerrada na semana passada.



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