da Reportagem Local

Depois de três anos consecutivos de déficit, o saldo da balança comercial brasileira com o Mercosul fechou com superávit de US$ 58,9 milhões em 99, mas manteve, embora menor, o déficit nas trocas com a Argentina, principal parceiro.
As exportações brasileiras para Argentina, Uruguai e Paraguai somaram US$ 6,777 bilhões contra US$ 6,718 bilhões de importações.
O déficit geral com a Argentina chegou a US$ 448,4 milhões. Em 98, o saldo, também negativo, fora de US$ 1,285 bilhões.
Para o Paraguai e o Uruguai, as exportações brasileiras superaram as importações em US$ 484,4 milhões e em US$ 22,9 milhões, respectivamente.
Os dados foram divulgados ontem, em São Paulo, pela assessoria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Tanto as compras, quanto as vendas do Brasil para a Argentina foram, em 99, inferiores a 98. A desvalorização do real explica a queda. No setor automotivo, o superávit, argentino, foi de US$ 123 milhões
Representantes dos governos brasileiro e argentino reiniciaram ontem, em São Paulo, conversas em busca de consenso para selar novo acordo automotivo, que garanta alíquota zero nas trocas comerciais do setor.
O acordo deveria ter sido fechado até 31 de dezembro, quando venceu o que vigorava desde 95, mas não houve consenso. A polêmica gira em torno do percentual de variação do saldo - antes da posse de Fernando de la Rúa, os argentinos queriam estabelecer alíquotas de variação que engessavam a possibilidade de o Brasil vir a ser superavitário - e da cota de nacionalização.



Texto Anterior: Integração: Chile diz que quer entrar no Mercosul
Próximo Texto: Mineração: Vale do Rio Doce planeja investir US$ 936 milhões em 2000
Índice