do FolhaNews

A Companhia Vale do Rio Doce, segunda maior exportadora do país, anunciou investimentos de US$ 936 milhões para 2000. O valor é o maior da história da mineradora. Em 1999, o investimento foi de US$ 333,2 milhões.
Os aportes de capital em empresas controladas e coligadas constituem a principal categoria de investimentos da CVRD em 2000, com US$ 318,2 milhões.
Os principais aportes destinam-se a ferrovias (FCA, CFN e Ferroban), com US$ 109,1 milhões, e à reestruturação das empresa de ferro-ligas, com US$ 77,1 milhões.
Os setores de minerais ferrosos e logística absorverão 81,9% dos dispêndios planejados, contra 54,9% em 99.
Os setores de papel e celulose e minerais não-ferrosos (ouro, cobre e caulim) serão os únicos a receber investimentos menores em 2000, na comparação com o ano passado.
O setor de papel e celulose receberá US$ 9,1 milhões, contra US$ 20,8 milhões em 99. O setor de minerais não-ferrosos receberá US$ 90,8 milhões, contra US$ 103,9 milhões no ano passado.
Jório Dauster, presidente da Vale, disse que os investimentos de 99 em minerais não-ferrosos foram provocados, em boa parte, pela aquisição do controle acionário da Pará Pigmentos S/A, que consumiu US$ 103,9 milhões.
Os minerais ferrosos receberão US$ 589,8 milhões, seguidos por logística, com US$ 176,8 milhões. A área de energia receberá US$ 49 milhões, enquanto outras áreas ficarão com US$ 20,5 milhões.
A Vale projeta ainda gastar US$ 208,3 milhões com manutenção.

Maranhão
A maior parte do orçamento de US$ 296,9 milhões da Companhia Vale do Rio Doce para investimentos em projetos no ano 2000 irá para a construção da usina de pelotização de São Luís (US$ 152,2 milhões), no Maranhão.
Outros projetos de destaque nessa categoria são as usinas hidrelétricas (US$ 49 milhões) e o desenvolvimento da mina de Brucutu, no sistema Sul (Minas Gerais e Espírito Santo), no valor de US$ 30 milhões.

Retomada
Dauster disse que a empresa retoma este ano investimentos que foram reduzidos em 1999 devido ao comportamento negativo do mercado, que apresentou diminuição nos preços de minério.
"Uma demonstração de força, como essa que fazemos este ano, deve repercutir de forma positiva na distribuição de dividendos, não só aos acionistas privados, mas ao próprio governo, que ainda detém parte da Vale (por meio do Tesouro Nacional e do BNDES)."

Pesquisa
A Vale deve retomar em 2000 seu nível histórico de investimentos em pesquisas geológicas, atingindo US$ 46,1 milhões.
No ano passado, a empresa investiu nesse setor US$ 26,5 milhões -US$ 43,8 milhões em 98.
"A pesquisa geológica é essencial porque é o que vai garantir o futuro da companhia", disse Dauster.
Na área de pesquisas tecnológicas, a empresa projeta investimentos de US$ 15 milhões, contra US$ 3,1 milhões em 99. A companhia prevê ainda investir US$ 34,5 milhões em meio ambiente (US$ 9,9 milhões em 99) e US$ 17 milhões em informática (US$ 11,4 milhões ano passado).


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