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Distribuidoras vão poder operar postos
da Sucursal de Brasília
Os distribuidores de combustível, como Esso, Petrobras e Shell,
poderão operar até 10% dos postos de gasolina do país, segundo
proposta da ANP (Agência Nacional de Petróleo).
O projeto consta de uma minuta de portaria da ANP, que está
desde ontem no site da agência
(www.anp.gov.br) para consulta
pública pelos próximos 15 dias.
A portaria, que deve entrar em
vigor ainda neste semestre, poderá sofrer alterações devido a sugestões que deverão partir dos
próprios distribuidores e revendedores de combustível.
A ANP espera reclamações dos
dois lados. Os donos de postos
não querem que as distribuidoras
possam entrar no mercado varejista. E as distribuidoras gostariam de ter menos restrições para
a operação de postos.
O presidente da Fecombustíveis
(associação de donos de postos),
Luiz Gil Siuffo, afirmou que a decisão da ANP causa estranheza.
Segundo Siuffo, o próprio David Zylbersztajn, diretor da ANP,
afirmou no passado que a possibilidade de distribuidoras revenderem combustível para o consumidor final era assunto encerrado. "Se a medida for aprovada irá
quebrar os pequenos revendedores", afirmou Siuffo, que pretende
impedir a aprovação da portaria.
Atualmente, os distribuidores
não podem operar postos de gasolina, vendem combustível apenas no atacado. A maioria dos
postos tem as marcas das distribuidoras, mas são operados por
terceiros. O novo projeto permitirá que mais de 2.700 postos de gasolina no Brasil passem para as
mãos dos distribuidores -o país
tem 27.600 postos.
Esse número poderá ser menor,
no entanto, pois o total de postos
das distribuidoras não poderá comercializar mais que 15% do
combustível vendido no varejo.
Siuffo disse que as distribuidoras podem até baixar os preços no
início, para quebrar os pequenos,
mas depois cartelizarão a revenda. O objetivo do projeto, segundo o Ministério das Minas e Energia, é exatamente o contrário:
possibilitar ao governo um maior
controle do preço da gasolina
vendida ao consumidor.
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