da Reportagem Local

A Bolsa de Valores de São Paulo voltou a registrar queda, motivada pelo movimento de realização de lucros e pelo comportamento do mercado norte-americano.
O índice Bovespa fechou com uma desvalorização de 2,41%, com 17.470 pontos. O volume financeiro negociado alcançou expressivos R$ 974,19 milhões.
O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 1,972 para venda, com desvalorização de 0,11% em relação a anteontem.
O mercado acionário se mostrou volátil, refletindo também a expectativa do resultado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a trajetória da taxa de juros. A maioria dos analistas apostava na manutenção dos atuais 19%, o que foi confirmado no início da noite.
Sem notícias importantes no mercado interno, muitos investidores aproveitaram para vender ações, principalmente das teles, e embolsar parte dos lucros acumulados até agora. A Bovespa oscilou entre uma alta de 0,96% e uma queda de 2,42%.
Na opinião de Silvio Camargo, analista do banco Santander, apesar da queda forte, não há preocupações imediatas no mercado. "Foi um movimento normal de realização de lucros."
A Bolsa de Nova York voltou a refletir a preocupação dos investidores com o aumento da taxa de juros dos EUA na reunião do Fed no dia 2 de fevereiro.
O nervosismo aumentou com a divulgação do relatório do Fed, conhecido como "Livro Bege", que apontou o forte aquecimento da economia dos EUA no ano passado. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,62%.
O dia foi mais tranquilo no mercado de câmbio, graças a um fluxo positivo e à confirmação de que o Brasil concluiu o lançamento de US$ 1 bilhão de títulos de 20 anos no mercado norte-americano. O preço do papel foi de 96,394% do seu valor de face, e a taxa de juros foi fixada em 12,75% ao ano (650 pontos básicos acima do título americano de mesmas características), o que foi considerado bom pelos analistas.
O mercado de dólar futuro da BM&F acompanhou o pregão à vista. A moeda a ser entregue em fevereiro foi cotada a R$ 1,796, queda de 0,16% em relação à terça-feira. (MAURO TEIXEIRA)


Texto Anterior: EUA: Fed vai deixar de divulgar "viés"
Próximo Texto: Agricultura: FHC pede união para reduzir impostos
Índice