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ENERGIA
Novo presidente dos EUA diz que Saddam Hussein poderá ser detido com força militar; preços sobem mais de 5%
Bush ameaça Iraque, e petróleo dispara
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Os preços do petróleo no mercado internacional subiram mais
de 5% ontem. Segundo os analistas, influenciaram a alta o corte de
produção anunciado pela Opep e
declarações de George W. Bush.
Em Londres, o preço do barril
do petróleo do tipo brent, referência para o mercado internacional,
fechou em US$ 27,05, em alta de
5,6%. No mercado nova-iorquino, o barril do óleo subiu 5,7%,
para US$ 32,19.
Bush, que assume hoje a presidência dos Estados Unidos, afirmou à Reuters que o ditador iraquiano Saddam Hussein é uma
"grande ameaça que poderá ser
detida com o uso de força militar,
se necessário".
Um novo conflito entre Bagdá e
Washington desestabilizaria os
preços do produto no mercado
internacional.
O petróleo já subiu 8,75% em
Nova York desde que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou o corte
de 1,5 milhão de barris em sua
produção, na quinta-feira.
O cartel afirmou que o corte era
necessário, devido à queda no ritmo de crescimento das principais
economias do mundo e ao excesso da oferta do produto no mercado. No ano, o petróleo acumula
alta de 20,11% em Nova York e de
10,86% em Londres.
Após o anúncio do corte, a International Energy Agency divulgou, em Paris, relatório afirmando que a desaceleração da economia norte-americana deverá provocar um aumento menor do que
o esperado na demanda mundial
por petróleo.
Se o menor crescimento dos Estados Unidos se confirmar e atingir outras economias, a menor
procura pelo óleo poderá provocar novos cortes de produção, o
que gera alta do produto.
O secretário de Energia dos
EUA, Bill Richardson, disse que a
redução da produção anunciada
pela Opep foi "certamente um
grande erro". Alí Rodríguez, que
comanda a instituição, respondeu: "Não é o petróleo que está
causando o desaquecimento nos
EUA. Os preços podem chegar a
US$ 70 ou US$ 100 e, ainda assim,
as economias industrializadas
não serão atingidas".
O corte da produção dos países
que pertencem à Opep, Arábia
Saudita, Irã, Venezuela, Emirados
Árabes, Kuait, Nigéria, Líbia, Indonésia, Argélia, Iraque e Qatar,
será colocado em prática em fevereiro.
Brasil
No longo prazo, o governo brasileiro avalia que o preço da gasolina poderá cair até 9% na refinaria e entre 6,4% e 8% para o consumidor. As contas levaram em
conta a decisão da Opep de reduzir a produção.
O governo avalia que os aumentos nos preços causado pela decisão da Opep aconteceram no momento em que começaram as especulações a respeito do corte da
produção. A alta dos preços deverá ser passageira. Antes, a previsão era que a redução chegasse a
15% na refinaria e a 12% nos postos. Pela nova regra de reajuste de
preços dos derivados de petróleo,
os preços serão revistos a cada trimestre. O próximo reajuste está
previsto para abril.
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