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ENERGIA
Vale do Silício se preocupa com horas perdidas; distribuidora não paga dívida
Empresas podem deixar Califórnia
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
As principais empresas de alta
tecnologia do Vale do Silício manifestaram ontem a intenção de
deixar a Califórnia, devido à crise
de energia que afeta o Estado.
O racionamento da energia nesta semana -e os constantes problemas de desabastecimento que
ocorrem desde o ano passado-
representam horas perdidas nas
produções das empresas.
"Certamente isso resultará em
um prejuízo de dezenas de milhões de dólares", afirmou Carl
Guardino, membro do Silicon
Valley Manufacturing, uma associação das indústrias da região.
Também ontem cresceu o temor de que as duas distribuidoras
californianas de energia deverão
entrar em falência.
A Southern California Edison
deixou de pagar dívidas no valor
de US$ 32 milhões que venciam
ontem e avisou que não fará o pagamento de outros US$ 223 milhões que vencem dia 31.
A Pacific Gas and Electric, que
atende a região norte do país,
atingida pelo racionamento desta
semana, também não pagou dívidas que venciam na quarta-feira.
A estimativa do mercado é que os
débitos das duas distribuidoras
somam cerca de US$ 12 bilhões.
A lei de desregulamentação do
setor de energia da Califórnia,
aprovada em 96, estabelece um
teto para o preço que pode ser cobrado dos consumidores pela
energia. Em 2000, o produto teve
forte alta no atacado, mas as distribuidoras não puderam repassá-las integralmente aos clientes,
o que fez com que elas contraíssem dívidas.
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