São Paulo, sábado, 20 de janeiro de 2001

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ENERGIA
Vale do Silício se preocupa com horas perdidas; distribuidora não paga dívida

Empresas podem deixar Califórnia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

As principais empresas de alta tecnologia do Vale do Silício manifestaram ontem a intenção de deixar a Califórnia, devido à crise de energia que afeta o Estado.
O racionamento da energia nesta semana -e os constantes problemas de desabastecimento que ocorrem desde o ano passado- representam horas perdidas nas produções das empresas.
"Certamente isso resultará em um prejuízo de dezenas de milhões de dólares", afirmou Carl Guardino, membro do Silicon Valley Manufacturing, uma associação das indústrias da região.
Também ontem cresceu o temor de que as duas distribuidoras californianas de energia deverão entrar em falência.
A Southern California Edison deixou de pagar dívidas no valor de US$ 32 milhões que venciam ontem e avisou que não fará o pagamento de outros US$ 223 milhões que vencem dia 31.
A Pacific Gas and Electric, que atende a região norte do país, atingida pelo racionamento desta semana, também não pagou dívidas que venciam na quarta-feira. A estimativa do mercado é que os débitos das duas distribuidoras somam cerca de US$ 12 bilhões.
A lei de desregulamentação do setor de energia da Califórnia, aprovada em 96, estabelece um teto para o preço que pode ser cobrado dos consumidores pela energia. Em 2000, o produto teve forte alta no atacado, mas as distribuidoras não puderam repassá-las integralmente aos clientes, o que fez com que elas contraíssem dívidas.



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