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INVESTIMENTOS EXTERNOS
Com o crescimento mundial, juros baixos e queda do dólar, volume chegou a US$ 279 bi em 2004
Fluxo de capital para emergentes atinge o maior nível em 7 anos
DA REDAÇÃO
Relatório divulgado ontem pelo
Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) mostrou que o fluxo de capital privado para os mercados emergentes
atingiu no ano passado o nível
mais alto desde 1997, com um total de US$ 279 bilhões (R$ 756 bilhões), provenientes principalmente do aumento de investimento externo direto.
No Brasil o resultado positivo
da economia, aliado ao tamanho
do mercado e às novas oportunidades de negócios com a Ásia, foram os fatores de atração de investimentos diretos, que, segundo
estimativa do IIF, devem crescer
para US$ 11 bilhões (R$ 29,8 bilhões) em 2005, US$ 1 bilhão a
mais do que no ano passado.
O relatório afirma que o aumento do fluxo de capital para os
emergentes é reflexo de um cenário global positivo -o crescimento mundial foi acentuado, e as taxas de juros de longo prazo ficaram baixas.
O crescimento econômico e a
boa administração pública em diversos países, além da queda do
dólar, também contribuíram para
o desempenho positivo do fluxo.
O fluxo de capital privado foi
um terço maior do que em 2003 e
mais do que o dobro do registrado em 2002. Os investimentos externos diretos representaram metade do total, e houve também aumento dos empréstimos bancários comerciais.
O IIF avalia que o fluxo de capitais para os emergentes neste ano
será aproximadamente o mesmo
de 2004, ainda que se confirme a
redução do crescimento global.
O aumento da taxa de juros dos
EUA está entre os riscos à continuidade do fluxo. A queda do dólar pode tornar os investidores
mais receosos, além de fazer com
que o governo norte-americano
aumente sua taxa de juros.
Mas o atual excedente em contas correntes e o aumento das reservas indicam que a maioria dos
mercados emergentes está preparada para enfrentar um ambiente
global mais difícil em 2005.
A emissão de contratos de mercados emergentes superou US$
100 bilhões (R$ 271 bilhões) no
ano passado, valor mais alto desde 1997, graças às ações dos governos de países emergentes, que
aproveitaram as baixas taxas de
juros para criar fundos para seus
compromissos.
William Rhodes, vice-presidente do IIF e do Citigroup, afirmou
que o crescimento do fluxo de capital para os mercados emergentes é reflexo do "aumento da confiança dos investidores na melhoria do desempenho de diversas
economias emergentes".
A América Latina recebeu no
ano passado US$ 26 bilhões (R$
70 bilhões) em investimentos privados diretos. A estimativa para
2005 é de quase US$ 40 bilhões
(R$ 108 bilhões ).
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