São Paulo, quinta-feira, 20 de janeiro de 2005

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VÔO DA ÁGUIA

Energia teve aumento de 16,6% em 2004

Inflação de 3,3% nos EUA é maior desde 2000; Fed deve subir juros

DA REDAÇÃO

A inflação ao consumidor fechou o ano em 3,3% nos Estados Unidos em 2004, a maior taxa desde 2000. Em 2003, a inflação foi de 1,9%. O aumento de 16,6% nos preços de energia, o maior em 14 anos, foi o vilão dos preços.
O ano de 2004 foi marcado pela insegurança em relação ao petróleo, com ataques a oleodutos no Iraque e medo de outras interrupções de produção no Oriente Médio. O petróleo foi a US$ 55 (R$ 149) o barril em outubro do ano passado e agora está sendo vendido por cerca de US$ 48 (R$ 130).
Economistas prevêem que 2005 será um ano mais tranqüilo para a energia, mas dizem que os preços do petróleo só vão cair se não houver mais interrupções sérias.
Em dezembro, a inflação nos EUA recuou 0,1%, refletindo uma queda nos preços de energia, a maior desde julho do ano passado. O resultado de dezembro, junto com resultados positivos de construções de novas casas e de novos pedidos de desemprego, foi interpretado como um sinal de que a economia americana continua em ritmo de recuperação.
O chamado núcleo da inflação, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, não teve resultado tão positivo em 2004. A taxa foi de 2,2%, o dobro da registrada em 2003.
Por isso, economistas acreditam que o Fed (Banco Central americano) deve continuar a aumentar a taxa básica de juros da economia, que está no momento em 2,25%. O Fed começou a aumentar os juros em pequenos incrementos no ano passado. A taxa, que estava em 1%, teve cinco pequenas altas em 2004.
Na próxima reunião, nos dias 1 e 2 de fevereiro, a expectativa é de que haja aumento de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros.

Percepção da economia
Pesquisa do Fed sobre a conjuntura econômica nos Estados Unidos mostra que o consumo e o turismo estão em alta, a produção nas fábricas está aumentando e o emprego mostra bons resultados.
Os dados mostram que, em 11 das 12 regiões pesquisadas, a economia foi caracterizada como "em expansão" de novembro do ano passado a janeiro deste ano. Esses indicadores são levados em conta nas reuniões do Fed para definir a política monetária.
A pesquisa mostra que o gasto dos consumidores aumentou na maioria dos distritos. O Fed destacou também o crescimento do turismo em Nova York, Flórida e Boston, entre outras regiões.


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