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VÔO DA ÁGUIA
Energia teve aumento de 16,6% em 2004
Inflação de 3,3% nos EUA é maior desde 2000; Fed deve subir juros
DA REDAÇÃO
A inflação ao consumidor fechou o ano em 3,3% nos Estados
Unidos em 2004, a maior taxa
desde 2000. Em 2003, a inflação
foi de 1,9%. O aumento de 16,6%
nos preços de energia, o maior em
14 anos, foi o vilão dos preços.
O ano de 2004 foi marcado pela
insegurança em relação ao petróleo, com ataques a oleodutos no
Iraque e medo de outras interrupções de produção no Oriente Médio. O petróleo foi a US$ 55 (R$
149) o barril em outubro do ano
passado e agora está sendo vendido por cerca de US$ 48 (R$ 130).
Economistas prevêem que 2005
será um ano mais tranqüilo para a
energia, mas dizem que os preços
do petróleo só vão cair se não
houver mais interrupções sérias.
Em dezembro, a inflação nos
EUA recuou 0,1%, refletindo uma
queda nos preços de energia, a
maior desde julho do ano passado. O resultado de dezembro, junto com resultados positivos de
construções de novas casas e de
novos pedidos de desemprego, foi
interpretado como um sinal de
que a economia americana continua em ritmo de recuperação.
O chamado núcleo da inflação,
que exclui os preços voláteis de
alimentos e energia, não teve resultado tão positivo em 2004. A
taxa foi de 2,2%, o dobro da registrada em 2003.
Por isso, economistas acreditam que o Fed (Banco Central
americano) deve continuar a aumentar a taxa básica de juros da
economia, que está no momento
em 2,25%. O Fed começou a aumentar os juros em pequenos incrementos no ano passado. A taxa, que estava em 1%, teve cinco
pequenas altas em 2004.
Na próxima reunião, nos dias 1
e 2 de fevereiro, a expectativa é de
que haja aumento de 0,50 ponto
percentual na taxa básica de juros.
Percepção da economia
Pesquisa do Fed sobre a conjuntura econômica nos Estados Unidos mostra que o consumo e o turismo estão em alta, a produção
nas fábricas está aumentando e o
emprego mostra bons resultados.
Os dados mostram que, em 11
das 12 regiões pesquisadas, a economia foi caracterizada como
"em expansão" de novembro do
ano passado a janeiro deste ano.
Esses indicadores são levados em
conta nas reuniões do Fed para
definir a política monetária.
A pesquisa mostra que o gasto
dos consumidores aumentou na
maioria dos distritos. O Fed destacou também o crescimento do
turismo em Nova York, Flórida e
Boston, entre outras regiões.
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