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MERCADO
Mesmo com compras de US$ 3,8 bilhões desde dezembro, moeda americana registra nova queda e fecha a R$ 2,711
BC compra US$ 1,1 bi no mês, e dólar não sobe
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Banco Central comprou cerca
de US$ 1,1 bilhão no mercado de
câmbio entre os dias 2 e 12 deste
mês para reforçar as reservas em
moeda estrangeira do país. No
mês passado, cerca de US$ 2,7 bilhões já haviam sido adquiridos
pelo BC com o mesmo objetivo.
Os valores são aproximados, já
que o BC ainda não divulgou, oficialmente, esses dados. O que foi
divulgado ontem foi o valor, em
reais, dessas compras. Neste mês,
foram comprados o equivalente a
R$ 3,048 bilhões, o que, a uma cotação média de R$ 2,70, corresponde a aproximadamente US$
1,1 bilhão.
Mesmo com a atuação do BC,
ainda não se observa, no mercado, uma tendência de alta na cotação do dólar. Membros do governo, como o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento),
defendem que o BC atue de forma
mais agressiva, de maneira a desvalorizar o real para favorecer as
exportações brasileiras.
Ontem o dólar fechou a R$
2,711, em baixa de 0,29%.
O BC, por sua vez, diz que limita
suas compras ao montante necessário para reforçar as reservas internacionais do Brasil. Essas reservas encerraram 2004 em cerca
de US$ 25,7 bilhões -já descontados os US$ 26 bilhões emprestados pelo Fundo Monetário Internacional nos últimos anos.
Neste mês, o BC tem comprado,
em média, US$ 137 milhões por
dia, enquanto o movimento do
mercado costuma ficar próximo
de US$ 1 bilhão. Essas operações
não têm afetado a taxa de câmbio
devido ao grande fluxo de capital
externo para o país.
Nas primeiras duas semanas,
registrou-se um ingresso líquido
de US$ 904 milhões no Brasil
-em igual período de 2003, o resultado havia ficado em US$ 392
milhões. O comércio exterior
continua sendo a principal fonte
de dólares: neste mês, os recursos
obtidos com as exportações superaram os gastos com importações
em US$ 1,183 bilhão.
Ontem, o Banco Itaú fechou
uma operação de captação externa de recursos. Foram captados
US$ 125 milhões em títulos com
vencimento de três anos. O volume ficou bem acima da oferta inicial feita pelo banco (US$ 50 milhões), mostrando que o mercado
ainda tem apetite por títulos brasileiros. Na semana passada, o
banco Votorantim havia concluído uma captação de US$ 100 milhões no exterior.
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