São Paulo, quinta-feira, 20 de janeiro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice O VAIVÉM DAS COMMODITIES Mudanças na carne Há dois anos na liderança mundial no volume exportado de carne bovina, o Brasil quer agora avançar mais. O objetivo é buscar maior valor agregado ao produto, principalmente em países que exigem carnes de melhor qualidade. Os objetivos Além de colocar carnes já preparadas para o consumo na Europa, um tradicional mercado brasileiro, os exportadores buscam também a entrada nos mercados dos Estados Unidos, Japão, Coréia do Sul e Taiwan, os maiores remuneradores para a carne bovina. Novos mercados Pratini de Moraes, da Abiec (associação brasileira dos exportadores), diz que em 2004 o país conseguiu enviar carne para 143 países. Nessa busca de novos mercados, os brasileiros já conseguem colocar o produto nas Filipinas, Indonésia, Malásia e China. Sem previsões Pratini não faz previsões para este ano, mas diz que os recordes de volume e de receitas obtidos em 2004 deverão ser superados. No ano passado, o Brasil exportou 1,94 milhão de toneladas equivalentes a carcaça, com receitas de US$ 2,46 bilhões. O volume superou em 42,3% o de 2003 e as receitas, em 62,8%, segundo a Abiec. Preços competitivos O Brasil deve continuar ganhando mercado no setor de carnes porque, além da ausência de sérios problemas sanitários no rebanho, o custo de produção é competitivo. Por aqui, é de US$ 1 por quilo. Na Austrália, de US$ 1,30; nos Estados Unidos, de US$ 1,9; e na Europa, de US$ 3 a US$ 5, dependendo do país. Em recuperação Uma pequena melhora nas vendas nos últimos dias fez o preço do frango subir ontem nas granjas do interior de São Paulo. O quilo da ave foi negociado a R$ 1,40, com alta de 3,7% no dia. O preço ainda está distante dos R$ 2,00 do início de dezembro passado. Em baixa Pela quarta vez neste mês, o preço do suíno voltou a cair nos frigoríficos paulistas. As vendas cada vez mais fracas derrubaram o preço do animal para R$ 52 nas principais praças negociadoras. No mês, a queda já chega a 9,5%, segundo pesquisa da Folha. Boi não se sustenta A FNP Consultoria & Agroinformativos também registrou queda nos preços da arroba de boi no mercado paulista. Os melhores preços apurados ontem pela FNP foram de R$ 61, com queda de 0,8% no dia. Em 30 dias, a queda acumulada é de 1,6%. Corretivos agrícolas A Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos (SP), lançou estudo que mostra as características e qualidades dos corretivos de solo, em especial as do calcário. Genoma funcional A Unesp vai construir em Botucatu (SP) o Centro de Genômica Funcional. O prédio será erguido em um terreno ao lado do campus de Rubião Júnior e terá 1.200 metros quadrados. O investimento, calculado em R$ 7 milhões, vai ser bancado pela Fapesp, pelo Grupo Santander-Banespa e pela Central Bela Vista Genética Bovina. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado: BC compra US$ 1,1 bi no mês, e dólar não sobe Próximo Texto: Tango da dívida: Credor da Argentina tem restituição na Itália Índice

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