São Paulo, sábado, 20 de janeiro de 2007

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Lula sempre quis trazer diplomata para o governo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ronaldo Sardenberg, 66, é um dos diplomatas mais experientes e mais respeitados intelectualmente no Itamaraty, especializado sobretudo em questões estratégicas. Até por isso foi secretário de Assuntos Estratégicos e ministro de Ciência e Tecnologia do Governo FHC.
Na transição de FHC para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o próprio Lula pediu que o antecessor nomeasse Sardenberg para a Missão do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas), cargo que já ocupara no final do governo Sarney e início do governo Collor.
Durante a "dança de cadeiras" do Itamaraty, Sardenberg foi cogitado para a Embaixada de Portugal, depois que Lula e o chanceler Celso Amorim decidiram que o cargo seria devolvido a diplomatas de carreira, saindo das mãos de políticos. Lula, porém, disse para Amorim que não contasse com Sardenberg: "Esse eu quero perto de mim", disse ao chanceler no final do ano passado.
Com a crise aérea e os titubeios do governo, Sardenberg chegou a ser cotado para o Ministério da Defesa, substituindo Waldir Pires, mas essa nunca chegou a ser de fato a preferência de Lula. A escolha da Anatel foi feita há meses, porque o presidente quer alguém neutro, acima dos partidos e com capacidade técnica para manter a agência sob controle.
Sardenberg é formado em direito pela Universidade do Brasil (atual UFRJ) e diplomata de carreira. No exterior, foi embaixador do Brasil em Moscou (1985 a 1989) e em Madri (1989 a 1990).


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