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perfil
Lula sempre quis trazer diplomata para o governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ronaldo Sardenberg, 66, é
um dos diplomatas mais experientes e mais respeitados
intelectualmente no Itamaraty, especializado sobretudo em questões estratégicas.
Até por isso foi secretário de
Assuntos Estratégicos e ministro de Ciência e Tecnologia do Governo FHC.
Na transição de FHC para
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o próprio Lula pediu que o antecessor nomeasse Sardenberg para a
Missão do Brasil na ONU
(Organização das Nações
Unidas), cargo que já ocupara no final do governo Sarney
e início do governo Collor.
Durante a "dança de cadeiras" do Itamaraty, Sardenberg foi cogitado para a Embaixada de Portugal, depois
que Lula e o chanceler Celso
Amorim decidiram que o
cargo seria devolvido a diplomatas de carreira, saindo das
mãos de políticos. Lula, porém, disse para Amorim que
não contasse com Sardenberg: "Esse eu quero perto de
mim", disse ao chanceler no
final do ano passado.
Com a crise aérea e os titubeios do governo, Sardenberg chegou a ser cotado para o Ministério da Defesa,
substituindo Waldir Pires,
mas essa nunca chegou a ser
de fato a preferência de Lula.
A escolha da Anatel foi feita
há meses, porque o presidente quer alguém neutro, acima
dos partidos e com capacidade técnica para manter a
agência sob controle.
Sardenberg é formado em
direito pela Universidade do
Brasil (atual UFRJ) e diplomata de carreira. No exterior, foi embaixador do Brasil
em Moscou (1985 a 1989) e
em Madri (1989 a 1990).
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