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Motorola deve cortar 3.500 vagas em todo o mundo
Empresa, que atua no Brasil, não anuncia países afetados
DA REDAÇÃO
A Motorola, a segunda maior
fabricante mundial de telefones celulares, fechará 3.500
postos de trabalho no primeiro
semestre deste ano. O corte
equivale a 5% da força de trabalho da empresa e faz parte de
um esforço para reduzir seus
gastos em US$ 400 milhões.
A medida acontece depois de
a companhia ter informado
uma queda de 48% em seu lucro do quarto trimestre de
2006 em relação ao mesmo período do ano anterior.
A Motorola disse que os cortes acontecerão em todo o
mundo, mas não disse quais
países serão afetados. No Brasil, ela tem uma fábrica em Jaguariúna (SP), que gera 7.500
empregos diretos. Segundo a
empresa, ela já investiu US$
500 milhões no país desde
1995.
A empresa eliminará vagas
gerenciais de nível médio, afirmou ontem David Devonshire,
diretor financeiro da Motorola.
Ele disse também que as vendas da fabricante neste ano poderão superar as estimativas
dos analistas.
Devonshire previu que as
vendas da empresa neste ano
alcançarão a faixa de US$ 46 bilhões a US$ 49 bilhões. A estimativa dos analistas é de
US$ 46 bilhões, e o resultado do
ano passado ficou em US$ 42,9
bilhões.
Os cortes de vagas podem
ajudar a Motorola a absorver as
quedas nos preços dos aparelhos, que reduziram seu lucro
nos últimos dois trimestres.
O preço de venda médio dos
celulares da empresa caiu US$
12 no quarto trimestre de 2006,
passando a US$ 119, enquanto
Ed Zander, principal executivo
da Motorola, promovia a concessão de descontos para os
modelos Razr e Q, na tentativa
de concorrer com a Nokia e a
Samsung.
Com agências internacionais
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