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Brasil "escapa" de rebaixamento de avaliação de risco
DO ENVIADO A PARIS
O Brasil escapou de uma revisão da avaliação de risco de
inadimplência de crédito de
empresas, aferido pela seguradora francesa Coface, que não
poupou países como México e
colocou em perspectiva negativa -significa que pode ser rebaixado- China, Rússia e o vizinho Chile, que tem a melhor
avaliação da América Latina.
Para Ives Zlotowski, economista-chefe da Coface, o Brasil
foi preservado porque a inadimplência das empresas seguradas cresceu junto com a média do mundo e as condições
econômicas seguem sólidas.
"Pensamos muito se não colocaríamos o Brasil em perspectiva negativa, mas as empresas
mostraram uma capacidade
muito grande de resistência."
De acordo com a Coface, as
empresas de pequeno e médio
portes são as mais prejudicadas, especialmente da cadeia
calçadista, agropecuária e distribuidores de produtos eletrônicos e de informática.
A Coface responde pelo seguro de crédito de cerca de 500
bilhões e estabelece os "ratings" (nota) com base no histórico de inadimplência de
mais de 50 milhões de empresas e clientes.
O México foi rebaixado pela
proximidade com a economia
americana. Chile e Rússia foram colocados em perspectiva
negativa devido à dependência
de commodities. A China poderá ser rebaixada pela dificuldade de as empresas seguirem
competitivas em meio à crise.
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