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São Paulo, quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003

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ECONOMIA

Dívida cresce 2,19% em janeiro e atinge R$ 637 bi

Governo faz captação de recursos no mercado pela 1ª vez desde abril

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em janeiro, pela primeira vez desde abril do ano passado, o governo federal conseguiu captar recursos no mercado financeiro. Por causa desse empréstimo e da remuneração dos títulos públicos, a dívida cresceu 2,19% em relação a dezembro do ano passado, atingindo R$ 636,86 bilhões.
Durante praticamente todo o ano passado, o governo não conseguiu substituir os títulos que estavam vencendo por papéis novos porque os investidores não confiavam nos rumos da economia. No mês passado, porém, as emissões superaram os resgates em R$ 2,6 bilhões.
Para o governo, é importante aumentar o caixa neste início de ano porque os vencimentos mais pesados estão programados para depois de abril. Como a provável guerra dos EUA contra o Iraque poderá provocar oscilações maiores na taxa de câmbio, o Tesouro Nacional quer estar preparado para uma nova onda de desconfiança por parte do mercado.
A situação não é favorável, porém, no estoque de dívida de curto prazo que é administrado pelo BC. O chefe do Departamento de Mercado Aberto do Banco Central, Sérgio Goldenstein, informou que essa parcela cresceu 25,9% entre dezembro e janeiro, chegando a R$ 80,7 bilhões.
O aumento do compulsório sobre depósitos à vista anunciado ontem deve reduzir esse estoque. A dívida de curto prazo (vencimentos de um mês e até de um dia) tem o objetivo de retirar recursos do mercado para que a taxa de juros não fique abaixo da meta (26,5% ao ano). Se há muito dinheiro, a taxa cai porque ela reflete o custo de emprestar.


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