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ECONOMIA
Dívida cresce 2,19% em janeiro e atinge R$ 637 bi
Governo faz captação de recursos no mercado pela 1ª vez desde abril
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em janeiro, pela primeira vez
desde abril do ano passado, o governo federal conseguiu captar
recursos no mercado financeiro.
Por causa desse empréstimo e da
remuneração dos títulos públicos,
a dívida cresceu 2,19% em relação
a dezembro do ano passado, atingindo R$ 636,86 bilhões.
Durante praticamente todo o
ano passado, o governo não conseguiu substituir os títulos que estavam vencendo por papéis novos porque os investidores não
confiavam nos rumos da economia. No mês passado, porém, as
emissões superaram os resgates
em R$ 2,6 bilhões.
Para o governo, é importante
aumentar o caixa neste início de
ano porque os vencimentos mais
pesados estão programados para
depois de abril. Como a provável
guerra dos EUA contra o Iraque
poderá provocar oscilações maiores na taxa de câmbio, o Tesouro
Nacional quer estar preparado
para uma nova onda de desconfiança por parte do mercado.
A situação não é favorável, porém, no estoque de dívida de curto prazo que é administrado pelo
BC. O chefe do Departamento de
Mercado Aberto do Banco Central, Sérgio Goldenstein, informou que essa parcela cresceu
25,9% entre dezembro e janeiro,
chegando a R$ 80,7 bilhões.
O aumento do compulsório sobre depósitos à vista anunciado
ontem deve reduzir esse estoque.
A dívida de curto prazo (vencimentos de um mês e até de um
dia) tem o objetivo de retirar recursos do mercado para que a taxa de juros não fique abaixo da
meta (26,5% ao ano). Se há muito
dinheiro, a taxa cai porque ela reflete o custo de emprestar.
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