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COMÉRCIO EXTERIOR
Proposta americana para Alca já é bilateral, diz Amorim
Governo estuda novo acordo com EUA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo estuda a possibilidade de negociar com seus parceiros
do Mercosul (Argentina, Uruguai
e Paraguai) um acordo de livre comércio em separado com os Estados Unidos. A negociação seria
uma alternativa para o Brasil ter
melhor acesso ao maior mercado
do mundo sem precisar da Alca
(Área de Livre Comércio das
Américas), prevista para ser implantada em 2005.
"[Um acordo bilateral com os
EUA" tem de ser considerado
francamente", disse ontem o ministro das Relações Exteriores,
Celso Amorim, na Comissão de
Relações Exteriores do Senado.
Amorim afirmou que já pediu
aos seus assessores um lista de
prós e contras de uma possível negociação direta do Mercosul com
os Estados Unidos fora do âmbito
da Alca. O ministro não detalhou
se uma eventual iniciativa desse
tipo significaria o fim das negociações da Alca ou se seria um
acordo paralelo.
O tema foi levantado pelo líder
do governo no Senado, o senador
Aloizio Mercadante (PT-SP), que
defendeu a criação de um acordo
bilateral como uma alternativa
que poderia evitar alguns problemas atualmente enfrentados pelo
Mercosul nas negociações da Alca
com os EUA.
Amorim considera que a maneira como os Estados Unidos estão tratando a Alca já é uma espécie de bilateralização das negociações. Os Estados Unidos apresentaram quatro propostas diferentes, uma para cada região das
Américas. A proposta apresentada para o Mercosul foi a menos
ambiciosa.
"O que mais incomoda é essa
diferença das propostas", disse o
ministro. Segundo ele, a proposta
apresentada pelo Mercosul aos
Estados Unidos, no âmbito da Alca, reflete o descontentamento
com relação às ofertas norte-americanas.
"O Zoellick [Robert Zoellick, representante comercial norte-americano] tem dúvidas sobre o
nosso interesse na Alca. E nós do
deles", disse Amorim sobre como
foram avaliadas as diferentes propostas de constituição da Alca.
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