DA SUCURSAL DO RIO

Em 2002, a indústria demitiu mais do que contratou. O nível de emprego do setor caiu 0,9%, na comparação com 2001, segundo revela pesquisa do IBGE.
Apesar da queda anual, o setor voltou a abrir vagas no final do ano. O número de pessoas ocupadas cresceu 0,3% em dezembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foi a segunda alta seguida -em novembro, a expansão fora de 0,2%.
Mesmo em um ano difícil, o emprego na indústria teve uma "leve melhora" no final de 2002 por causa do crescimento gradativo da produção do setor ao longo do ano, segundo Denise Cordovil, técnica do Departamento de Indústria do IBGE. No ano passado, a indústria produziu 2,4% a mais do que em 2001.
O crescimento da produção, porém, não se refletiu num aumento da renda do trabalhador. O valor da folha de pagamento da indústria caiu 2,4%. Em dezembro, houve diminuição real (descontada a inflação) de 4,3%, em relação a novembro. Na comparação com dezembro de 2001, a retração foi maior ainda: 6,1%.
De acordo com o IBGE, a queda da folha de pagamento da indústria, que mede indiretamente o rendimento do trabalhador, é reflexo do aumento da inflação, uma vez que os salários não são corrigidos com a mesma velocidade dos aumentos de preço nem em igual intensidade.


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