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DE PORTAS ABERTAS
Saldo entre dispêndio de brasileiros lá fora e de visitantes no país é positivo em US$ 100 mi
Turista estrangeiro gasta mais no Brasil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A conta que registra despesas e receitas com viagens internacionais teve superávit em
janeiro pelo segundo ano seguido. O saldo ficou positivo
em US$ 100 milhões, resultado
atípico para um período de férias, que reflete, segundo o
Banco Central, a queda do poder de consumo do brasileiro e
o preço do dólar.
Houve aumento de 81,6%
em relação ao saldo de janeiro
de 2003, quando a conta ficou
positiva em US$ 55 milhões.
Segundo o BC, foi o maior superávit já alcançado por esse
indicador desde 1969, quando
a estatística começou a ser calculada.
No mês passado, os estrangeiros gastaram no Brasil US$ 296
milhões, também o maior valor
desde 1969. O aumento do fluxo
de turistas para o Brasil ajuda a
explicar esse valor. De acordo
com a Embratur, houve crescimento de 133% no número de
turistas que desembarcaram nas
praias do Nordeste em relação
ao verão do ano passado.
E, no mês passado, os brasileiros desembolsam US$ 196 milhões no exterior.
O saldo da conta de viagens internacionais é exatamente a diferença entre o que gastam os brasileiros lá fora e o que despendem estrangeiros por aqui.
A expectativa é que, com o
aquecimento da economia esperado para este ano, a conta volte
a ficar negativa em cerca de US$
600 milhões, segundo cálculos
do BC, que projeta um crescimento do PIB (Produto Interno
Bruto) de 3,5% para 2004.
O comportamento dos gastos
com viagens vem acompanhando o fraco desempenho da economia, que permaneceu praticamente estagnada em 2003.
Em 2002, por exemplo, quando o PIB cresceu 1,9%, a conta de
viagens ficou negativa em US$
57 milhões. Naquele ano, os brasileiros gastaram US$ 341 milhões no exterior, enquanto os
estrangeiros deixaram US$ 176
milhões no Brasil.
O câmbio também interfere
no poder de compra dos brasileiros em outros países. O saldo
negativo da conta de viagens
passou a diminuir substancialmente a partir de 1999, quando
o governo permitiu a desvalorização do real.
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