São Paulo, quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

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Entidade reduz custos em 31% após reportagem

DA REPORTAGEM LOCAL

A CNTM (Confederação Nacional de Trabalhadores Metalúrgicos) refez plano de custos para recolocação de mão-de-obra em São Paulo após a Folha revelar que o serviço custaria praticamente o dobro do que é gasto pelo governo de São Paulo para fazer o mesmo serviço.
A CNTM é filiada à Força Sindical e faria parte do trabalho dentro da própria entidade, que é presidida por Paulinho, filiado ao mesmo PDT que o ministro Carlos Lupi comanda.
O plano inicial da CNTM, que contava com "total apoio" de Lupi, segundo um de seus assessores mais próximos, previa um custo unitário de R$ 195,33 por trabalhador para a recolocação no mercado de 36.199 pessoas ao longo deste ano.
Revelado o contraste entre o que previa a CNTM em relação à prefeitura paulistana e ao Estado de São Paulo (65% e 97% a mais, respectivamente) no mesmo tipo de trabalho, a entidade sindical apresentou uma modificação em seu plano.
Na prática, a CNTM acabou realizando um aumento na previsão do total de colocados, de 36.199 para 51.000. Com a mudança desse denominador em relação aos gastos totais previstos, o valor por trabalhador recolocado caiu de R$ 195,33 para R$ 135,06, uma redução de custos de 31%.
A proposta da CNTM prevê retirar da prefeitura paulistana dois de seus seis centros de recolocação de trabalhadores em São Paulo.
A prefeitura paulistana se posicionou contra o novo convênio e também contestou o plano da CNTM de tomar R$ 4,5 milhões para treinamento de mão-de-obra. Se aprovado, o valor representaria quase o triplo do gasto atual em programa realizado no convênio do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) com a prefeitura de São Paulo. (FCZ)


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