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Valor do negócio não é revelado, mas, para analistas, nova agência já está entre as cinco maiores do país
Salles D'arcy e Publicis Norton se unem
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde ontem, as agências de publicidade Salles D'arcy e Publicis
Norton, duas das maiores do país,
respondem pelo mesmo nome:
Publicis Salles Norton, empresa
que já chega posicionada entre as
cinco maiores do setor. O valor do
negócio não foi revelado.
A fusão entre as duas agências é
consequência direta da aquisição
no ano passado da holding
BCom3 -controladora da agência D'arcy, dona da Salles
D'arcy- pelo grupo francês Publicis, quarto maior em comunicação do mundo, que possui a Publicis Norton.
A nova empresa surge com uma
carteira de 46 clientes importantes, entre eles Bradesco, Brasil Telecom, Nestlé e Fundação Roberto Marinho, segundo Paulo Salles,
recém-nomeado chairman do
Publicis Worldwide, do grupo
Publicis, para a América Latina.
Salles D'arcy e Publicis Norton
possuíam 28 e 31 clientes no ano
passado, e investiram no ano passado respectivamente cerca de R$
290 milhões e R$ 146 milhões em
publicidade em veículos de comunicação, de acordo com a revista Propaganda & Marketing.
Somados, os investimentos em
mídia das duas agências superam
o da Olgivy, de cerca de R$ 396
milhões em 2002, o que faz a nova
empresa ser indicada por alguns
analistas como a maior do país.
Segundo a Folha apurou, a marca
D'arcy está sendo desativada em
todo o mundo. No entanto, como
a Salles D'arcy é uma agência forte
no Brasil, a fusão com a Publicis
Norton apareceu como uma solução mais interessante.
O processo de união das duas
agências foi complicado. Segundo
Salles, as empresas enfrentaram
problemas com contas concorrentes, como a da Philips, cliente
da Salles, e da Sony, conta da Publicis Worldwide: "Mas aos poucos os conflitos foram resolvidos,
e hoje não enfrentamos mais problemas. A conta da Philips, por
exemplo, foi assumida pela agência Leo, que é uma agência que
pertence ao grupo Publicis mas
que é independente da fusão".
O grupo Publicis anunciou também ontem a criação de uma nova agência de publicidade no país,
a Salles Chemistri, especializada
em varejo. A nova empresa deve
cuidar das contas da General Motors, Carrefour e da imobiliária
Brascan, dona do shopping center
carioca Rio Sul, e está entre as 20
maiores do país.
O momento não é o melhor para o setor publicitário. Segundo
analistas, desde os ataques de 11
de setembro de 2001 nos Estados
Unidos houve queda de procura
por agências.
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