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TELEFONIA
Consórcio amplia para US$ 396 mi proposta de pagamento inicial; valor não seria reembolsado, caso a venda fosse vetada
Teles fixas elevam a oferta pela Embratel
CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Calais Participações -consórcio formado pelas operadoras
de telefonia fixa Telemar, Brasil
Telecom e Telefônica- anunciou
ontem o aumento da proposta de
compra das ações ordinárias da
Embratel.
Segundo a nova oferta, a norte-americana MCI, controladora da
Embratel, receberia uma parcela
inicial de US$ 396 milhões pela
venda -de um total de US$ 550
milhões oferecidos pelo consórcio para a aquisição da Embratel.
Na proposta anterior, o valor dessa primeira parcela estava estabelecido em US$ 360 milhões.
De acordo com a Calais, esse pagamento inicial "não depende de
aprovação regulatória prévia e
não é reembolsável, mesmo no
caso de o negócio não ser aprovado [pelas autoridades regulatórias]". Ou seja, no ato de fechamento da transação entre a MCI e
o consórcio das operadoras fixas,
a empresa americana receberia o
pagamento inicial, e, após a aprovação da operação pela Anatel, a
MCI receberia os US$ 154 milhões
restantes.
A revisão da oferta é uma tentativa de desbancar a Telmex, que
também disputa a compra da
Embratel. A proposta da empresa
mexicana prevê um pagamento
inicial de US$ 20 milhões, sendo o
valor total para a transação de
US$ 360 milhões.
A Calais aponta que o megaempresário Carlos Slim Helú, controlador da Telmex, é o segundo
maior credor da WorldCom.
Procurada pela reportagem da
Folha, a assessoria da Telmex, no
México, informou que não comentaria o caso.
"Tendo em vista a relação privilegiada que eles [a Telmex] têm
com a MCI, resolvemos adotar essa estratégia competitiva e aumentar o valor [da parcela inicial]
para diferenciar a nossa oferta",
disse Otávio Azevedo, presidente
do conselho da Telemar e representante do consórcio.
Além da oferta do pagamento
inicial não-reembolsável, a Calais
também ofereceu à MCI garantias
de que "está preparada para indenizar os vendedores em relação a
qualquer reivindicação por parte
de terceiros relativa à compra das
ações da Embratel pela Calais",
diz nota divulgada ontem.
No Brasil, a transação está sujeita à aprovação do Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica) e da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Nos
Estados Unidos, a venda da Embratel está sujeita à aprovação da
Corte de Falências de Nova York.
No órgão, corre o processo de
concordata da MCI.
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