DA REPORTAGEM LOCAL

O conflito de competência que paralisava o pedido de concordata da Parmalat desde fevereiro terminou. Ontem, quatro vice-presidentes do Tribunal de Justiça decidiram, de forma unânime, que todos os processos envolvendo a empresa sejam analisados pelo juiz Núncio Theophilo Neto, da 29ª Vara Cível de São Paulo.
Dessa forma, a ação cautelar movida pelo banco Sumitomo, desde janeiro, para garantir seus créditos com a Parmalat, sai das mãos do juiz Carlos Henrique Abrão, da 42ª Vara Cível.
Segundo Thomas Felsberg, advogado da Parmalat ligado à matriz, o principal efeito da medida é amenizar a instabilidade jurídica que a empresa enfrentava -o que, para ele, deve facilitar negociações com credores da empresa.
A empresa ficou cerca de dois meses sob intervenção judicial no Brasil. Após acordo com o juiz Abrão, ela voltou ao comando da matriz, mas ainda está sob supervisão da Justiça, que precisa aprovar remessas ao exterior e o plano de reestruturação da empresa.
De acordo com Felsberg, o processo chega às mãos do juiz Theophilo Neto na próxima semana. Os advogados ligados à matriz deveriam se reunir na noite de ontem com o novo conselho da empresa para analisar o que será feito a partir da decisão. (MP)


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