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MERCADO FINANCEIRO
Depoimento do presidente do Fed pode dar sinal sobre juros; Bolsa cai 0,65%, e dólar fica estável
Cauteloso, investidor espera Greenspan falar
DA REPORTAGEM LOCAL
A cautela foi a palavra de ordem
ontem no mercado doméstico,
após os turbulentos negócios da
semana passada. A Bolsa recuou
0,65%. O dólar fechou estável.
O discurso do presidente do Federal Reserve (banco central dos
EUA), Alan Greenspan, hoje e
amanhã no Congresso norte-americano, é aguardado com ansiedade pelos mercados. A expectativa é que Greenspan dê sinais
em relação ao aguardado aumento de juros no país, que hoje estão
em 1% ao ano.
Uma elevação das taxas nos
EUA pode ser muito ruim para os
emergentes. O que pode ocorrer
em um caso desses é a migração
de investidores dos mercados
emergentes para títulos norte-americanos.
O risco-país registrou alta de
1,34% ontem e fechou aos 604
pontos. Na quinta-feira passada,
após o banco JP Morgan rebaixar
a recomendação para os títulos da
dívida do Brasil, o risco-país disparou 11% para alcançar os 618
pontos.
Na semana passada, a Bolsa
paulista amargou desvalorização
de 4,21%.
No pregão de ontem na Bovespa, a confirmação da saída do
presidente da Eletrobrás, Luiz
Pinguelli Rosa, repercutiu negativamente nas ações das elétricas. O
índice do setor (IEE) fechou com
baixa de 1,4%.
As ações com direito a voto
(ON) da Eletrobrás fecharam em
baixa de 3,1%. O mercado não
gostou da informação de que o
substituto de Rosa será indicado
pelo PMDB, em troca do apoio ao
governo Lula.
Em baixa
As ações da Eletropaulo lideraram as perdas do Ibovespa e registraram desvalorização de
6,2%.
Os papéis do setor siderúrgico
voltaram a sofrer com as preocupações dos investidores com a
possibilidade de queda nas importações chinesas de aço. A ação
PN da Siderúrgica Tubarão caiu
3,1%. O papel PNA da Usiminas
registrou baixa de 3,05%.
O volume de negócios na Bolsa
de Valores de São Paulo ontem
chegou a R$ 1,76 bilhão devido ao
movimento do mercado de opções, responsável por R$ 708,1
milhões do giro total. Esse exercício de opções foi melhor que o de
março, quando foram movimentados apenas R$ 121,8 milhões.
(FABRICIO VIEIRA)
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