São Paulo, terça-feira, 20 de abril de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Depoimento do presidente do Fed pode dar sinal sobre juros; Bolsa cai 0,65%, e dólar fica estável

Cauteloso, investidor espera Greenspan falar

DA REPORTAGEM LOCAL

A cautela foi a palavra de ordem ontem no mercado doméstico, após os turbulentos negócios da semana passada. A Bolsa recuou 0,65%. O dólar fechou estável.
O discurso do presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), Alan Greenspan, hoje e amanhã no Congresso norte-americano, é aguardado com ansiedade pelos mercados. A expectativa é que Greenspan dê sinais em relação ao aguardado aumento de juros no país, que hoje estão em 1% ao ano.
Uma elevação das taxas nos EUA pode ser muito ruim para os emergentes. O que pode ocorrer em um caso desses é a migração de investidores dos mercados emergentes para títulos norte-americanos.
O risco-país registrou alta de 1,34% ontem e fechou aos 604 pontos. Na quinta-feira passada, após o banco JP Morgan rebaixar a recomendação para os títulos da dívida do Brasil, o risco-país disparou 11% para alcançar os 618 pontos.
Na semana passada, a Bolsa paulista amargou desvalorização de 4,21%.
No pregão de ontem na Bovespa, a confirmação da saída do presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, repercutiu negativamente nas ações das elétricas. O índice do setor (IEE) fechou com baixa de 1,4%.
As ações com direito a voto (ON) da Eletrobrás fecharam em baixa de 3,1%. O mercado não gostou da informação de que o substituto de Rosa será indicado pelo PMDB, em troca do apoio ao governo Lula.

Em baixa
As ações da Eletropaulo lideraram as perdas do Ibovespa e registraram desvalorização de 6,2%.
Os papéis do setor siderúrgico voltaram a sofrer com as preocupações dos investidores com a possibilidade de queda nas importações chinesas de aço. A ação PN da Siderúrgica Tubarão caiu 3,1%. O papel PNA da Usiminas registrou baixa de 3,05%.
O volume de negócios na Bolsa de Valores de São Paulo ontem chegou a R$ 1,76 bilhão devido ao movimento do mercado de opções, responsável por R$ 708,1 milhões do giro total. Esse exercício de opções foi melhor que o de março, quando foram movimentados apenas R$ 121,8 milhões.
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Projeto: Empresários pedem regra ambiental clara
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.