DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do BNDES, Guido Mantega, informou que o banco irá aportar aproximadamente R$ 300 milhões na Infraero (estatal que administra os principais aeroportos do país).
"O processo está bem encaminhado, faltam apenas detalhes técnicos", disse Mantega. Ele informou que o dinheiro será usado em 2005. O dinheiro virá do Fundo de Desenvolvimento Nacional, formado com recursos do Tesouro Nacional e administrado pelo próprio BNDES.
A estatal é responsável pelo maior volume de obras exibidas pelo governo. Sem o aporte de capital, a Infraero não teria condições de levar adiante obras que haviam sido prometidas pelo presidente Lula, como as dos aeroportos de Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Macapá (AP) e Vitória (ES).
Em fevereiro, Lula havia reafirmado seu compromisso com os aeroportos, na inauguração da obra do aeroporto de Vitória (ES). A Infraero, no entanto, teve que aumentar sua participação para ajudar no ajuste fiscal, não conseguiu os recursos orçamentários que precisava e ficou sem condições financeiras de concluir as obras.
A meta de superávit primário (economia de receita para pagamento de juros da dívida pública) da Infraero foi elevada pelo Ministério da Fazenda, de R$ 3,5 milhões para R$ 128,5 milhões. No Orçamento deste ano, a estatal responsável pelos aeroportos pedia R$ 750 milhões, mas acabou ficando com R$ 470 milhões para investimentos em 2005.
Para conseguir dinheiro, a Infraero chegou a estudar a venda de 49,9% das ações da empresa em Bolsa. Nessa hipótese, a empresa seria transformada em uma sociedade anônima. Como houve rejeição à proposta -chamada pelo sindicato da categoria de "privatização"-, o governo acabou desistindo da idéia.


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