São Paulo, sábado, 20 de maio de 2006

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GM prevê que uso do etanol chegará a 10%

DO BLOOMBERG

Os esforços feitos pela General Motors e por outras montadoras norte-americanas para comercializar mais veículos movidos a um combustível composto principalmente por etanol podem reduzir o consumo de gasolina nos Estados Unidos em 10 bilhões de galões anuais (37,85 bilhões de litros), disse ontem o principal consultor sobre políticas da GM.
É provável que o etanol responda por 10% dos combustíveis automotivos em cinco anos, contra os 3% de hoje em dia, estimou Beth Lowery, vice-presidente do setor de energia e meio ambiente da GM.
Para a executiva, o governo dos Estados Unidos precisa oferecer incentivos para que postos de gasolina instalem mais bombas capazes de fornecer uma mistura composta por 85% de etanol e 15% de gasolina, além de estimular a utilização do combustível.
Analistas dizem que não é possível introduzir o etanol em larga escala sem incentivos do governo. "Sem subsídios para reduzir o custo e decretos que exijam seu uso, a viabilidade econômica do etanol não está clara, mesmo com os altos preços da gasolina", escreveu em relatório Jennifer Rowland, analista do JP Morgan.
O principal executivo da GM, Rick Wagoner, e os principais executivos da Ford e da Chrysler se reuniram anteontem com parlamentarem norte-americanos para tentar implementar políticas de estímulo ao uso de etanol. As montadoras dizem precisar de incentivos para vender as 900 mil unidades de carros flex que pretendem fabricar em 2007.
"Não há solução milagrosa. Não há uma solução única" para estimular o uso de etanol e reduzir a dependência dos EUA do petróleo estrangeiro", disse Lowery. "Mas, nos EUA, o etanol é parte da solução."
Lowery, 50, foi entrevistada no Brasil, país que ela vê como modelo para a utilização do etanol e que não é mais um importador líquido de petróleo bruto. Atualmente, os carros flex compõem 75% do total de automóveis vendidos no Brasil.
A maior parte dos carros dos EUA não pode receber combustível composto por mais de 10% de etanol, o percentual máximo atualmente adicionado à gasolina do país.
Desde meados da década de 1990, as montadoras norte-americanas produziram cerca de 5 milhões de veículos que podem receber uma mistura com 85% de etanol.


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