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GM prevê que uso do etanol chegará a 10%
DO BLOOMBERG
Os esforços feitos pela General Motors e por outras montadoras norte-americanas para
comercializar mais veículos
movidos a um combustível
composto principalmente por
etanol podem reduzir o consumo de gasolina nos Estados
Unidos em 10 bilhões de galões
anuais (37,85 bilhões de litros),
disse ontem o principal consultor sobre políticas da GM.
É provável que o etanol responda por 10% dos combustíveis automotivos em cinco
anos, contra os 3% de hoje em
dia, estimou Beth Lowery, vice-presidente do setor de energia e
meio ambiente da GM.
Para a executiva, o governo
dos Estados Unidos precisa
oferecer incentivos para que
postos de gasolina instalem
mais bombas capazes de fornecer uma mistura composta por
85% de etanol e 15% de gasolina, além de estimular a utilização do combustível.
Analistas dizem que não é
possível introduzir o etanol em
larga escala sem incentivos do
governo. "Sem subsídios para
reduzir o custo e decretos que
exijam seu uso, a viabilidade
econômica do etanol não está
clara, mesmo com os altos preços da gasolina", escreveu em
relatório Jennifer Rowland,
analista do JP Morgan.
O principal executivo da GM,
Rick Wagoner, e os principais
executivos da Ford e da
Chrysler se reuniram anteontem com parlamentarem norte-americanos para tentar implementar políticas de estímulo ao uso de etanol. As montadoras dizem precisar de incentivos para vender as 900 mil
unidades de carros flex que
pretendem fabricar em 2007.
"Não há solução milagrosa.
Não há uma solução única" para estimular o uso de etanol e
reduzir a dependência dos
EUA do petróleo estrangeiro",
disse Lowery. "Mas, nos EUA,
o etanol é parte da solução."
Lowery, 50, foi entrevistada
no Brasil, país que ela vê como
modelo para a utilização do
etanol e que não é mais um importador líquido de petróleo
bruto. Atualmente, os carros
flex compõem 75% do total de
automóveis vendidos no Brasil.
A maior parte dos carros dos
EUA não pode receber combustível composto por mais de
10% de etanol, o percentual
máximo atualmente adicionado à gasolina do país.
Desde meados da década de
1990, as montadoras norte-americanas produziram cerca
de 5 milhões de veículos que
podem receber uma mistura
com 85% de etanol.
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