Dado Junqueira/Folha Imagem

Modelo no estande da Tigre na Feira Internacional da Construção, aberta ontem no Anhembi

MAURICIO ESPOSITO
da Reportagem Local


Fabricantes de material de construção estão diversificando produtos em busca de novos mercados.
A Fortilit, fabricante de tubos e conexões, vai investir US$ 35 milhões na construção de uma fábrica para lançar um produto inédito no Brasil.
São placas de cimento com celulose, em substituição às placas de cimento com amianto.
Segundo o presidente da empresa, João Hansen, o novo produto evita os problemas ambientais do amianto e começará a ser produzido até abril de 99, no município de Campinas (SP).
A Fortilit também pretende, até outubro deste ano, definir o local de mais uma fábrica de tubos e conexões.
Santa Catarina e Paraná são os Estados mais prováveis. A construção dessa unidade exigirá investimentos de até US$ 50 milhões.
"Hoje temos 7% do mercado brasileiro de tubos de PVC e queremos chegar a 20% até o final do ano", disse Hansen.
A empresa cogitou construir a fábrica no Rio Grande do Sul, para servir como ponto de exportação para os países do Mercosul.
No entanto, em março passado, a Fortilit adquiriu uma fábrica de tubos de PVC na Argentina por US$ 70 milhões. "Investiremos lá US$ 35 milhões para ampliar a capacidade produtiva", afirmou Hansen.
A principal concorrente da Fortilit, a Tigre, que é líder do mercado no Brasil, também está se movimentando.
A empresa investiu US$ 18,5 milhões no desenvolvimento de três produtos e estuda entrar no mercado de linha elétrica, de materiais metálicos para banheiro e de louças sanitárias.
A Tigre, que inaugurou uma fábrica de tubos de PVC na Argentina em março, está estudando entrar nos mercados da Colômbia e Venezuela.
"Estudamos a possibilidade de comprar algum fabricante local ou montar uma fábrica própria", disse Sérgio Dias, diretor comercial da empresa.
No Brasil, a Tigre investe no lançamento de produtos para o setor de infra-estrutura, que já representa cerca de 20% do faturamento.