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AVIAÇÃO
Controladores de vôo fizeram greve ontem porque temem que proposta de unificar espaço aéreo na UE cause demissões
Paralisação cancela 7.700 vôos na Europa
DA REDAÇÃO
Uma paralisação de um dia liderada por controladores de tráfego aéreo franceses fez com que milhares de vôos fossem cancelados ontem na Europa.
Companhias aéreas deixaram de fazer 7.700 vôos previstos para partir da França, passar por seu espaço aéreo ou aterrissar no país por causa da greve, convocada
para protestar contra o plano de criar um "céu único" na UE (União Européia).
O objetivo do plano é diminuir
engarrafamentos e atrasos, criando um espaço aéreo unificado e
colocando todos os controladores
de tráfego aéreo sob supervisão
centralizada.
O espaço aéreo europeu é atualmente uma colcha de retalhos de
zonas de controle de tráfego administradas por dezenas de centros que usam sistemas de monitoramento diferentes.
Mas sindicatos dizem que o
controle centralizado resultará
em demissões e que a pressão para reduzir os gastos pode resultar
na privatização de seus serviços, o
que diminuiria a segurança.
Essa foi a terceira vez em dois
anos que controladores de vôo
entraram em greve na França por
causa do plano de "céu único",
mas foi a primeira vez que controladores de outros países também
aderiram à paralisação.
Patrick Malandin, porta-voz do
sindicato União de Aviação Civil
da França, afirmou que há uma
necessidade urgente de conversas
entre funcionários da União Européia e pilotos, controladores de
tráfego aéreo e sindicatos.
"Se sentirmos que a situação está bloqueada [falta de um acordo
entre as partes envolvidas no problema", seremos forçados a entrar
em greve de novo."
Ele afirmou ainda que, da próxima vez, "a greve não será limitada
a apenas um dia", mas por tempo
indeterminado.
Nem as companhias aéreas nem
os sindicatos que convocaram a
greve forneceram estimativas de
quantos passageiros foram afetados pela paralisação.
Além da greve realizada durante
o dia inteiro na França, controladores de tráfego aéreo gregos,
portugueses, italianos e húngaros
realizaram paralisações mais breves em seus países, afirmou o governo francês.
Centenas de turistas tiveram de
passar a noite em salas de espera
de aeroportos na Grécia, onde, segundo um controlador de vôo, a
adesão à greve foi de 100%.
No aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, os passageiros dormiram sobre suas próprias malas.
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