DA REPORTAGEM LOCAL

A sinergia entre AmBev e InBev está começando a aparecer de maneira mais evidente para o consumidor brasileiro. A cervejaria criou, em março, a Central de Importações AmBev e está incrementando o portfólio com marcas premium de sua controladora.
Numa primeira fase, iniciada em abril, começaram a ser importadas três marcas uruguaias: Norteña, Patricia e Pilsen. No mês que vem chegam ao país as cervejas alemãs Spaten, Löwenbräu e a Franziskaner Weissbier. A AmBev não fala sobre o volume importado.
"Estamos trazendo produtos diferenciados, que aticem a curiosidade do consumidor brasileiro", diz Alexsandro Pinto, gerente de novos negócios da AmBev.
A intenção da empresa é estimular o segmento de cervejas premium, que hoje responde por 6,8% dos 9,7 bilhões de litros de cerveja consumidos ao ano no Brasil. Nos EUA as marcas premium são 30% do mercado, e na Argentina, 7,5%.
"A InBev busca formar marcas globais, criando uma "Coca-Cola" do mercado de cerveja. E a AmBev está melhorando a gestão de seu portfólio, pois é a única capaz de atender a todos tipos de consumidor", afirma Adalberto Viviani, presidente da consultoria Concept, especializada em bebidas e alimentos.
A empresa pretende chegar ao fim do ano com 16 produtos da InBev importados. As marcas importadas custam entre R$ 3,90 e R$ 6,50, mais que as premium presentes nos supermercados. "Não há risco de canibalização porque há consumidores para esses diferentes produtos", diz Viviani. (CB)


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