São Paulo, quarta-feira, 20 de junho de 2007

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TELEFONIA

Fabricante de celular Pantech pode fechar operação no país

CRISTIANE BARBIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

A fabricante de celulares coreana Pantech pode estar prestes a fechar suas portas no Brasil. A informação é de distribuidores, prestadores de serviços de assistência técnica, ex-funcionários e dos próprios empregados, que afirmam, por telefone, estar sem presidente ou alguns dos diretores "porque a empresa está fechando". Procurada pela Folha, a Pantech não respondeu a pedidos de entrevista.
A exemplo de outras fabricantes de celulares asiáticas, como a taiwanesa BenQ e a também coreana VK, a Pantech enfrenta sérias dificuldades internacionais. Segundo a Reuters, a Pantech e a Pantech & Curitel Communications estão reestruturando suas dívidas, depois de sofrerem pesados prejuízos causados pela forte concorrência e pela queda nas margens de lucro em 2006.
"Essas empresas sofreram muito com o avanço das grandes competidoras ocidentais, como Nokia e Motorola, nos mercados asiáticos", afirma François Noel, diretor de telecomunicações da consultoria AT Kearney. "Como o Brasil é um mercado difícil e que pede pesados investimentos, faz sentido para empresas menores concentrar operações em seus países de origem."
Além disso, explica ele, as operadoras móveis brasileiras oferecem em média 100 aparelhos diferentes ao consumidor. Preferem então concentrar a oferta nos grandes fabricantes para ganhar poder de barganha e oferecer aparelhos a preços menores.
A Pantech chegou ao Brasil em 2004 por meio de importações e abriu seu escritório no país há dois anos. A empresa, que terceirizava a produção para o mercado local, chegou a mandar três comitivas ao país no ano passado para estudar a implantação de uma fábrica. A previsão de investimentos era de US$ 50 milhões. Em abril do ano passado, a Pantech chegou a ter 4,6% de participação do mercado brasileiro, segundo a consultoria GFK.


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