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TRABALHO
Sobre mês anterior ocorreu pequeno crescimento
Emprego industrial registrou a sexta queda consecutiva em maio
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
O emprego industrial no Brasil
registrou em maio deste ano a
sexta queda consecutiva em relação ao mesmo mês do ano anterior. A retração foi de 1,6%, segundo o IBGE. Nos cinco primeiros meses do ano, a queda acumulada é de 1,7%.
Na comparação com abril deste
ano, houve em maio um aumento
de 0,4% no pessoal ocupado, a
terceira variação positiva nesta
forma de comparação. Em relação a fevereiro, o crescimento foi
de 1,3%.
Como a pesquisa é relativamente nova (menos de dois anos), os
técnicos do IBGE consideram que
a comparação mês a mês não é
adequada para medir a situação
do mercado, por não ser ainda
possível retirar de cada mês os fatores típicos (sazonais).
Segundo a técnica Isabella Nunes Pereira, para que a variação
mês a mês pudesse inverter o quadro negativo em relação ao ano
passado era preciso que o crescimento da produção fosse "mais
vigoroso". "Uma melhoria do cenário está ligada a uma retomada
do crescimento [da economia como um todo", o que não tem sido
sinalizado", afirmou.
Os setores que lideraram a melhoria do emprego em maio sobre
abril foram os de alimentos e bebidas (2,8%), de refino de petróleo e produção de álcool (8,9%) e
de papel e gráfica (1,2%). Para Isabella, todos os aumentos podem
estar ligados, ao menos parcialmente, a fatores sazonais.
No setor de alimentos e bebidas,
intensivo em mão-de-obra, o efeito Copa do Mundo pode ter sido
um dos motivos do aumento. No
caso do refino e da produção de
álcool, a causa é o emprego temporário para antecipação da safra
do álcool. No setor de papel e gráfica, a produção de materiais de
campanha eleitoral pode ser uma
das razões.
Na comparação com maio de
2001, a redução do pessoal ocupado foi liderada pela região Sudeste
(menos 3,4%, com destaques para o Rio de Janeiro (menos 4,6%)
e São Paulo (menos 4,1%).
Com menos 6% e menos 3,6%,
respectivamente, Rio e São Paulo
também são os maiores responsáveis pela queda de 1,7% no acumulado do ano.
Por setores, os destaques negativos na comparação de maio
contra maio foram as indústrias
de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicação (-14,3%), a fabricação de borracha e
plásticos (-4,8%) e a produção de
meios de transporte (-4,1%).
Desde dezembro de 2001, quando foi possível a primeira comparação com o mesmo mês do ano
anterior, que a pesquisa de emprego industrial não apresenta resultado positivo na comparação.
A folha de pagamentos da indústria em maio mostrou a mesma tendência do pessoal ocupado: crescimento de 1,2% sobre
abril e queda de 1,6% sobre maio
de 2001. No acumulado do ano,
houve queda de 2,5%.
O números de horas trabalhadas cresceu 1,3% sobre abril e caiu
2,4% sobre maio de 2001. Na acumulado, queda de 2,5%.
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