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São Paulo, domingo, 20 de julho de 2003

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Descumprimento exigiria explicação ao FMI

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O eventual descumprimento do compromisso de privatizar o Besc não levaria, por si só, à interrupção do acordo de US$ 30 bilhões do FMI com o Brasil. Mas exigiria uma série de explicações por parte do governo e poderia atrapalhar as negociações com o Fundo.
A privatização dos bancos federalizados, as reformas tributária e previdenciária, a nova Lei de Falências e a reformulação dos programas sociais estão entre os pontos do acordo destinados a mostrar que o país adotará políticas consideradas corretas pelos organismos internacionais.
O atual acordo com o FMI expira em setembro, e é grande a possibilidade de o governo querer renová-lo. O Fundo não fixou prazos para a venda dos bancos, mas exigiu sinais de progresso nos processos de privatização.
Para o FMI, favorável por princípio à redução do papel do Estado, os bancos estaduais são uma fonte de instabilidade no sistema financeiro -pois sua administração pode pôr o interesse político acima da prudência econômica.
A equipe econômica do governo FHC, que partilhava desse ponto de vista, vinculou a privatização dos bancos ao programa de renegociação das dívidas estaduais lançado em 1997.
Pelo acerto, os Estados que entregassem seus bancos como parte do pagamento conseguiam uma renegociação mais vantajosa de suas dívidas com a União. A maior parte dos bancos foi vendida -os casos mais importantes foram o Banespa e o Banerj. Dos remanescentes, o maior é o Besc.

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