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Empresário costuma dar incerta em lojas
da Reportagem Local
Samuel Klein chegou ao Brasil,
vindo da Polônia, em 52, já casado, com quase 30 anos. Em São
Caetano do Sul (SP), ele começou
a vida de comerciante como mascate, vendendo cobertores e roupas de cama.
Em 58, abriu a primeira loja Casas Bahia, já com a intenção de
vender uma linha mais completa
de produtos para a casa. De lá para
cá, a rede só cresceu. Hoje, com
250 lojas, Klein prevê faturar R$ 2
bilhões neste ano e alcançar um
lucro líquido de R$ 50 milhões.
Klein, uma das figuras mais ativas do comércio brasileiro, visita
semanalmente, de surpresa, algumas das suas lojas, especialmente
aquelas que estão no caminho da
sua residência, no bairro do Jardins, em São Paulo, a São Caetano
do Sul, onde fica a sede da rede.
Os filhos Michael, diretor administrativo, e Saul, diretor comercial, foram preparados por ele para tocar a rede. Mas, por enquanto, a última palavra na empresa
continua sendo a dele. Samuel dá
expediente de segunda a quinta-feira. Os outros três dias ele
passa em Angra dos Reis (RJ).
Sua mulher, Chana, segundo os
funcionários da rede, é tão ativa
quanto Klein. É ela quem cuida da
linha de confecção.
Os seus concorrentes têm muita
curiosidade em saber como ele administra a rede -como ela tem o
capital fechado, não é obrigada a
publicar seus balanços. Apesar das
dificuldades financeiras de várias
cadeias, segundo Klein, a dele vai
muito bem.
Nelson Barrizzelli, consultor de
varejo, diz que tem a impressão de
que a Casas Bahia tem um público
cativo de menor poder aquisitivo,
que paga as contas em dia porque
ter crédito é uma das poucas alegrias da vida.
"Eles também são muito agressivos para reabilitar o crédito. É
uma forma particular, não sofisticada, de cobrar o consumidor."
Klein diz que a sua empresa vai
bem porque tomou algumas decisões importantes, como financiar
com recursos próprios o cliente,
depender o mínimo possível de
empréstimos bancários, pagar as
dívidas em prazos curtos e ter uma
frota própria de caminhões para
distribuir as mercadorias.
(FF)
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